Os ministros da Defesa da Otan apoiaram em reunião em Bruxelas os preparativos realizados pelas autoridades da organização e pelo Governo afegão para iniciar esse processo, previsto para terminar em 2014, quando os membros do organismo esperam ter cedido o controle de todo o território às forças afegãs.
No entanto, isso não representará a saída integral do país, onde a organização continuará dando apoio aos soldados afegãos, ressaltou em entrevista coletiva o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.
Coincidindo com o ano novo afegão, o presidente Hamid Karzai anunciará em 21 de março as primeiras províncias e distritos em que a segurança ficará a cargo das forças do país.
Nesta sexta-feira, o secretário-geral da Otan não quis dar nenhum detalhe e ressaltou que a decisão final corresponde ao Executivo de Cabul.
"Respeitamos totalmente o procedimento que está sobre a mesa e que faz desta uma decisão soberana do Afeganistão", declarou.
A maior parte dos países que participam da operação internacional no Afeganistão tem a intenção de retirar progressivamente suas forças de combate.
Em janeiro, Washington confirmou, no entanto, que continuará no Afeganistão até depois de 2014 se o Governo e o povo afegão necessitarem, apesar de a intenção do presidente americano, Barack Obama, seja retirar a maior parte de seus soldados do país asiático.
Em paralelo, a Otan quer garantir que o Afeganistão conte com recursos suficientes.
"Hoje pedi aos membros da Otan e da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) que contribuam economicamente", disse Rasmussen, quem ressaltou que o Governo de Cabul não será capaz de financiar o número de forças necessárias.
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