"Parecia que os prédios estavam soltos", diz brasileiro no Japão
Em Tóquio, prédios de cinco andares se moviam para um lado e para outro cerca de 10 a 20 centímetros. "Parecia que estavam soltos do chão", relata o publicitário brasileiro Hiro Fukumoto, 34.
Fukumoto estava em uma reunião na hora que o forte terremoto (2h46 de Brasília, 14h46 do Japão) atingiu o país nesta sexta-feira. Sua primeira reação foi correr para a rua, porém, algumas pessoas permaneceram no local.
"A gente não sabia muito o que fazer. Alguns amigos ficaram dentro do prédio. É costume aqui as pessoas ficarem embaixo de mesas, porque as de escritório têm estrutura metálica exatamente para ajudar nesses casos", disse.
Ao tentar voltar de carro para casa, o brasileiro presenciou muita gente pelas ruas, olhando para cima, chocadas com o movimento dos edifícios.
"Era como se estivessem esperando algo pior. Mas hoje eu realmente eu percebi como os prédios são bem preparados. Se fosse um tremor em algum outro local, acho muito improvável que eles conseguissem se manter de pé", contou.
Apesar do medo, Fukumoto frisa que o país é bem preparado para enfrentar esse tipo de situação. Em casos assim, as empresas elétricas cortam o fornecimento de energia para evitar explosões. Sem luz, moradores e funcionários de lojas auxiliam na organização do trânsito, agilizando assim o trabalho das ambulâncias e dos bombeiros.
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