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Quinta - 10 de Março de 2011 às 20:00
Por: Ana Adélia Jácomo

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O prefeito de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), garante que não vai perder "um minuto de sono" devido à Comissão Especial de Investigação (CEI), instaurada pela Câmara, que visa apurar supostas irregularidades na contratação do Instituto Idheas, que foi apontado como um dos operadores de desvios de recursos do Fundo Nacional da Saúde (Funasa), conforme levantado na operação Hygeia, desencadeada pela Polícia Federal.

Segundo Ladeia, a manobra é uma articulação do seu antecessor Jaime Muraro, que tenta a todo custo cassar seu mandato. “Quem está provocando tudo isso é um desafeto político, o Muraro. Ele quer fazer comigo o que aconteceu com ele, mas estou tranquilo, não devo nada e, por isso, não perco nenhum minuto do meu sono”, desabafa.

O relator da comissão, vereador José Pereira Filho, revela que há 3 semanas estão solicitando os documentos junto à prefeitura para que em 90 dias o relatório esteja concluído. “Após as devidas averiguações o Ladeia pode ser cassado, ou, se provada sua inocência, o processo será arquivado”, pontua o parlamentar.

O presidente da Câmara Miguel Ramanhuk afirma que diversas denúncias foram encaminhadas à Casa e, em função da gravidade delas, os vereadores se sentiram compelidos a instaurar a investigação. “Creio que será um bom trabalho, mas não quero me precipitar em falar algo. A comissão vai investigar cada uma das denúncias contra o prefeito”, finaliza.

A "briga" começou quando a Polícia Federal deflagrou a operação Hygeia em Mato Grosso. Ladeia a teria contrato, sem licitação, para gerenciar as unidades de saúde do município.

O esquema foi desmantelado em abril, quando ocorreram prisões e apreensões de materiais e documentos. Ladeia é apontado pelo Ministério Público como mentor do esquema. Além do afastamento e bloqueio de bens do prefeito, o MP pediu também o afastamento do vice-prefeito José Jaconias da Silva (PT).

Também foram denunciados por improbidade com pedido de afastamento e bloqueio de bens os vereadores Celso Ferreira (DEM), e os vereadores Haroldo Lima (DEM) e Genílson Kezomae (PR). O suplente de vereador Celso Vieira (PP) e o atual secretário de Infraestrutura do município, Paulo Porfírio (PR), que na época compunham o Legislativo, também figuram entre os citados.





Fonte: RD News

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