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Internacional
Quinta - 10 de Março de 2011 às 19:24

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Um total de 54 cemitérios europeus são, desde setembro passado, destinos turísticos oficiais do continente, espalhados por 18 países. Por meio deles, é possível conhecer o patrimônio funerário e parte da história dos povos e cidades locais.

A Rota dos Cemitérios, montada pelo Conselho Europeu em seu Programa de Circuitos Culturais, passa por Oslo, na Noruega, ilha de Cerdena, na Itália; Bucareste, na Romênia; até Porto, em Portugal.

A promotora do projeto foi a espanhola María Luisa de Yzaguirre, presidente da Associação de Cemitérios Significativos da Europa (ASCE).

"Os cemitérios guardam os diferentes costumes e crenças dos povos e isso permite compreender muitos dos valores europeus", diz ela. "Devem ser considerados uma parte importante do patrimônio cultural europeu, do ponto de vista artístico, histórico e antropológico".

FAMOSOS

Entre os muros de todos estes cemitérios, háesculturas, sepulcros refindos, capelas, panteões monumentais, lápides e inscrições, fontes, histórias curiosas e, o que chama a atenção de muitos visitantes,tumbas de personagens famosos.

Um exemplo é o Cemitério No Católico, de Roma, mais conhecido como o "dos poetas e artistas", onde estão as tumbas do poeta inglês John Keats (1795-1821) ou a do fundador do Partido Comunista da Itália, Antonio Gramsci (1891-1937).

O mais famoso de todos é o parisiense Père Lachaise, onde foram sepultados a cantora francesa Edith Piaf, o escritor irlandês Oscar Wilde, ocompositor italiano Gioachino Rossini e o escritor francês Marcel Proust. Suas tumbas recebem milhares de visitas por ano.

A presidente da ASCE explica que os cemitérios surgiram na Europa após serem proibidos os enterros dentro das igrejas. "Houve uma época em que as pessoas queriam ser reconhecidas depois de sua morte, e foi quando se construíram grandes panteões com esculturas em sua homenagem", diz Yzaguirre.

No entanto, conta ela, "no início do século 20, o costume de se enterrar os mortos diminuiu muito, e agora é muito comum a cremação; as pessoas já não visitam os cemitérios como antes".





Fonte: EFE

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