O processo formal para a venda da unidade ainda não começou, disseram as fontes. "Estão ouvindo o mercado. Estamos em uma fase muito preliminar", afirmou uma das fontes.
"Vão seguir adiante com a venda se puderem conseguir o preço adequado. Se não conseguirem, vão seguir o caminho de uma oferta pública de ações, provavelmente num pacote de América Latina com Estados Unidos", disse a fonte.
No Brasil, o ING tem participação de 21,18 por cento na seguradora SulAmérica.
Duas das fontes afirmaram que o Goldman Sachs foi contratado para buscar interessados. O banco e o ING não quiseram comentar o assunto.
A Europa ordenou que o ING venda seus negócios de seguros depois que o grupo recebeu 10 bilhões de euros em ajuda estatal, em meio à crise de crédito global.
Excluindo o ativo no Brasil, as operações do ING na América Latina poderiam valer cerca de 3 bilhões de dólares, dependendo do método de avaliação que for usado, segundo as fontes.
A operação poderia anteceder a planejada listagem em bolsa dos negócios de seguros nos Estados Unidos.
O ING anunciou em fevereiro que estava "explorando opções estratégicas" para a América Latina, acrescentando que não tinha tomado uma decisão final sobre a região.
Outra fonte disse que muitas companhias já manifestaram informalmente interesse nos ativos do ING na região.
As seguradoras norte-americanas Prudential Financial e MetLife são vistas como potenciais interessadas porque têm ambições na América Latina, disseram todas as fontes ouvidas pela Reuters.
Algumas fontes também disseram que grandes bancos brasileiros, como Bradesco e Itaú Unibanco, e seguradoras europeias como Axa, Generali e Allianz, também podem ter interesse nos ativos.
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