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Saúde
Quinta - 10 de Março de 2011 às 11:21

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Pesquisadores testam celular adaptado para fazer diagnósticos oftalmológicos
Pesquisadores testam celular adaptado para fazer diagnósticos oftalmológicos

Novos aplicativos de celular têm sido testados como forma de melhorar o acesso de pacientes a médicos especialistas.

Há um grupo de alunos, inclusive alguns brasileiros, pesquisando o assunto no Massachusetts Institute of Technology (EUA).

Existem vários testes clínicos sendo feitos em diferentes países para comprovar a real eficácia dos métodos e permitir, assim, o uso na prática médica.

Os sistemas podem detectar perdas auditivas ou problemas de visão e até diagnosticar tumores ou doença cardíaca.

"Vai chegar ao ponto de o agente de saúde tirar uma foto do olho do paciente pelo celular, a imagem chegar ao hospital e o profissional já saber se a pessoa vai precisar ou não de um laser para corrigir o problema", diz Rubens Belfort Júnior.

A grande questão, segundo ele, será saber se os profissionais de saúde estarão preparados para lidar com as novas tecnologias. Esse é um outro ponto discutido pelo artigo publicado em dezembro na revista "Lancet".

Para o oftalmologista Cláudio Lottenberg, do hospital Albert Einstein, apesar de promissoras, especialmente em regiões remotas, as novas tecnologias não devem substituir o entendimento do paciente como um todo.

"Você vai ter que continuar examinando o paciente. Pode ser que uma alteração ocular vista na tela do iPad seja uma hemorragia e não uma degeneração, por exemplo."

CÂNCER

Um dos mais impressionantes resultados sobre novas tecnologias de informação foi divulgado no mês passado em artigo na revista "Science Translational Medicine".

Um sistema, equipado com um telefone celular, uma agulha fina e um pequeno aparelho de ressonância magnética molecular, foi capaz de detectar tumores à distância.

A nova tecnologia conseguiu acertar o diagnóstico de câncer em 96% dos pacientes- número superior ao da biópsia tradicional, segundo o artigo.

O método-padrão para o diagnóstico do câncer é a coleta de uma porção do tecido do tumor, o que, às vezes, envolve intervenções cirúrgicas. O resultado pode demorar dias.

A análise molecular rápida desenvolvida em Massachusetts também exige a coleta de amostra celular, mas ela é extraída com uma agulha mais fina (0,7 milímetros de diâmetro) que a de uma biópsia tradicional (1,4 milímetros de diâmetro).

Além disso, não existe tempo de espera. O resultado sai em menos de uma hora. A equipe usa um smartphone comum e um aparelho cilíndrico de ressonância magnética nuclear, que mede cinco centímetros de diâmetro






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