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Policia MT
Quinta - 10 de Março de 2011 às 10:41
Por: Alexandre Alves

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Olhar Direto
Prisões foram comandadas por delegado de Sinop
Prisões foram comandadas por delegado de Sinop

A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, deflagrou a operação “São Tomé”, hoje de manhã, para cumprir 17 mandados de prisão em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e mais quatro cidades do interior do Estado, para prender um grupo de pessoas acusadas de venda de madeira extraída de forma ilegal.

Das 17, foram presas 15 pessoas, sendo três em Cuiabá, um em Várzea Grande, três em Sinop, três em União do Sul, um em Claudia, Peixoto de Azevedo, Pontes e Lacerda, Marcelândia e Tapurah. Outro empresário foi preso no Estado do Paraná.

Olhar Direto apurou que, em Sinop, estão presos o advogado Antonio Fernandes Alves dos Santos, o empresário Jose Almir de Melo e, o engenheiro florestal e fiscal da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Jackson Monteiro de Almeida, que já foi preso na Operação “Arco de Fogo”, deflagrada em 2007.

Conforme a assessoria da PJC, as investigações iniciaram em 2007, com a invasão de uma fazenda no município de União do Sul (680 km ao norte – microrregião de Sinop). Naquele município foram presos Jacondo Bedim, que é um dos pioneiros da cidade, o filho dele, Rogerio Bedin, e Antonio Paula de Oliveira, o “Pachola”, que já atuou como auxiliar da Policia Civil de Claudia e União do Sul.

Em Peixoto de Azevedo, foi preso Antonio Pereira Guedes, o “Toninho Guedes”, tabelião e chefe do cartório do 1º oficio do município. Ele foi direto para a cadeia. A Dema vai informar mais nomes durante o dia.

As investigações, no nortão, foram comandadas pelo delegado Luis Henrique de Oliveira, de Sinop, e ele informou que aproximadamente 70% da madeira retirada no norte do Estado é comercializada de forma ilegal. O esquema teria rendido cerca de R$ 3 milhões para o grupo, com o equivalente a 1.2 mil carretas de madeira vendida.

De acordo com as investigações, os acusados promoviam invasão de terras, retirada das toras sem planos de manejo, falsificação de planos para vender a madeira beneficiada, fraude no sistema da Sema - de créditos virtuais de madeira, entre outros crimes ambientais.

Os presos vão responder por formação de quadrilha, espulho possessório, falsidade documental, uso de documento falso, extração ilegal de madeira, inserção de dados falsos em bancos de dados da administração pública, denunciação caluniosa, e corrupção ativa e passiva.

 






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