Suspeito de balear alunos da FGV confessa crime, diz polícia

O segundo suspeito de matar um estudante e ferir outro a tiros em um bar próximo à FGV (Fundação Getúlio Vargas), no centro de São Paulo, Valmir Ventino da Silva, 19, confessou o crime na tarde desta quarta-feira (9), segundo a Polícia Civil.

De acordo com o delegado Paulo Tucci, do 4º DP (Consolação), Silva afirmou durante o depoimento que os estudantes estavam lançando olhares para sua namorada. Ao pedir que parassem com a provocação, foi chamado de "nordestino", "farofeiro" e "cabeça chata", o que provocou a reação.

A namorada de Silva e testemunhas não confirmam a provocação, disse o delegado durante entrevista coletiva.

O atentado, que aconteceu em 23 de fevereiro, matou Júlio César Grimm Bakri, 22, e feriu Christopher Akiocha Tominaga, 23, estudantes do 4º ano de administração da FGV.

Valmir Ventino da Silva, que já tem passagem na polícia por roubo e furto de cargas, diz ter jogado as duas armas no rio Tamanduateí. Seu irmão, Francisco Macedo da Silva, 24, acusado de ajudar no crime, está preso desde o fim do mês passado.

Valmir foi transferido para São Paulo no domingo (6), um dia após ter sido preso em Cascavel (PR). Durante entrevista coletiva no domingo, em Curitiba, ele negou ter envolvimento com o crime.

O jovem não estava acompanhado de seu advogado nesta quarta-feira e deixou o 4ª DP --onde prestou depoimento-- rumo à carceragem do 77 DP sem falar com a imprensa.