Laudo confirma ausência de violência ao corpo de juiz
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte do juiz Carlos Roberto Pinheiro, encontrado morto na manhã desta quarta-feira (9), apontou para causa indeterminada, ou seja, não houve violência contra o corpo do magistrado, assegurando a tese de morte natural.
No entanto, o diretor do IML, médico Jorge Caramuru, destacou que o corpo de Carlos Roberto deveria ter sido encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito, no Hospital Julio Müller, especializado neste tipo de morte, para assim concluir se o magistrado morreu por problemas cardíacos ou qualquer outra doença.
“Não estou dizendo que o IML não quer fazer a autópsia, mas o foco do IML não é morte natural, temos equipamentos e instrumentos para apurar mortes de violência. A causa indeterminada é ruim para a família, pois se precisar acionar o seguro, por exemplo, não será possível, pois seguro nenhum paga para morte de causa indeterminada”, explicou o médico.
Com a constatação de ausência de violência, a investigação deverá ser encerrada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. O delegado Antônio Garcia, responsável pelo acaso, já trabalhava com a hipótese de causa morte, devido aos relatos de familiares, amigos e vizinhos.
Garcia disse que o magistrado havia se sentido mal na semana passada e procurado um médico, além disso, já tomava medicamentos para problemas cardíacos. O juiz estava separado e morava sozinho na cobertura do Golden Park, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Carlos Roberto é natural de Água Fria (Bahia), tinha 55 anos e era titular da Segunda Câmara Criminal do TJMT. Magistrado desde 20 de maio de 1996, ele atuou nas comarcas de Arenápolis, Primavera do Leste, Tangará da Serra e Cuiabá. Em 22 de dezembro de 2003 foi promovido ao cargo de juiz substituto de Segundo Grau.
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