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Variedades
Quarta - 09 de Março de 2011 às 16:25

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Keith Richards diz que às vezes se sente casado com Mick Jagger, porque já passou mais tempo com ele do que com qualquer uma de suas mulheres.

Na última década, com a proliferação de duplas gravando discos (porque a tecnologia facilita tudo e não exige quatro ou cinco músicos no estúdio), casais de verdade formaram bandas de rock e pop.

Cinco deles, alguns já separados na vida mas ainda unidos na arte, produziram discos que estão entre os mais interessantes chegando às lojas neste início de ano.

Os fofinhos americanos Jenny & Johnny e os japoneses do Every Little Thing lançaram álbuns no final de 2010, mas agora é que alcançam as paradas.

A simpática estreia do duo americano Tennis acaba de ficar sair para download, enquanto os roqueiros mais pesados do Kills, inglês, e do Raveonettes, dinamarquês, vão lançar discos no mesmo dia, 5 de abril (mas faixas já vazaram).

Por causa de Meg White, que empunhou com vigor as baquetas na banda símbolo do casal roqueiro, White Stripes, as moças não se acomodam com o papel de cantora.

Embora todas as meninas das bandas citadas soltem a voz nas canções, elas também tocam instrumentos, tanto no estúdio como no palco. "Eu toco guitarra melhor do que ele", dispara Jenny Lewis, incomodando o namorado, Johnny Rice.

Em entrevistas à Folha, ela e Kaori Mochida, do Every Little Thing, concordam que não é o amor que influi no trabalho. "Quando você namora, vive com o parceiro, são muito mais horas juntos, só isso", disse Kaori.

Ela e o guitarrista Ichiro Ito tiveram vários namoricos nos 15 anos de carreira da banda. "Ele será sempre meu melhor amigo, e é por isso que fazemos boa música."

No caso do Raveonettes e do Kills, o casa-e-separa também marca a carreira das bandas. Hotel (o nome artístico da metade masculina do Kills) tem fascinação por casais roqueiros, citando Debbie Harry e Chris Stein, do Blondie, Tina Weymouth e Chris Frantz, do Talking Heads, e Patti Smith e Lenny Kaye, ressaltando que estes só ficam juntos no palco.

AO REDOR DO MUNDO

Além desses cinco casais com bons trabalhos recém-terminados, outros espalhados pelo planeta ainda esperam mais atenção da crítica e também do público.

O Dry, de Hong Kong, traz uma delicadeza vocal em cima de pop rock grudento e dançante. O casal francês do Pravda faz tremer os pequenos palcos por onde passa.

O Fine Mist, do Canadá, pode se tornar a nova bola da vez. Tem o recheio pop certo, bonito, e um visual nerd meticulosamente construído para parecer desleixado.

Separados por um oceano, mas ligados por intrincadas costuras de guitarras, o nova-iorquino Kaiser Cute e o holandês Slanki merecem uma busca pelo MP3 de suas canções na internet.

Essas bandas estão prontas para, ao lado de revelações do ano passado como Best Coast e Beach House, mostrar que dupla de menina e menino é uma formação roqueira que fica mais forte a cada temporada.






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