Delegado aguarda laudo para descartar homicídio de juiz
Delegado Antônio Garcia comanda as investigações e aguarda laudo sobre causa morteO delegado Antônio Garcia, da Delegacia Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que irá aguardar a conclusão do laudo sobre a causa da morte do juiz Carlos Roberto Corrêa Pinheiro para fechar as investigações sobre o caso. No entanto, adiantou que até o momento nada evidencia o crime de homicídio e o laudo deve ser concluído por volta das 16h desta quarta-feira (9).
“Vamos aguardar a perícia e o laudo da causa da morte para saber se houve violência ao corpo do juiz para então saber se haverá necessidade de dar continuidade ou não as investigações. O corpo não aparentava violência, mas como já estava em fase de decomposição só o IML (Instituto Médico Legal) poderá afirmar com precisão”, informou em entrevista coletiva, logo após deixar o apartamento do magistrado.
Garcia informou ainda que o juiz estava separado e vivia sozinho na cobertura do prédio Golden Park, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O delegado não soube informar quantos filhos tinha o magistrado.
“Não há nada que caracterize um homicídio, não houve arrombamento e as características são de que a morte seja natural e tenha ocorrido provavelmente no dia 5 de março (sábado). Ao que aparenta, ele teria tido um mal súbito e morreu ainda na cama”, afirmou.
O delegado colheu depoimentos de vizinhos, parentes e da empregada que encontrou o corpo na manhã desta quarta-feira (9). Segundo Garcia, a funcionária teria informado que o juiz teve alguns problemas de saúde na semana passada e chegou a ir ao médico. Familiares teriam informado também que o juiz sofria de depressão e também tomava medicamentos para problemas cardíacos.
“O juiz já tem um histórico de doenças e é de origem de uma família com problema de coração. Ele tomava medicamentos e teria procurado o médico na semana passada”, contou.
Durante toda a manhã a movimentação no prédio foi intensa com a chegada de amigos, parentes e companheiros de trabalho. O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Rubens de Oliveira, também esteve no local, lamentou a morte do magistrado, que atuava como juiz auxiliar da Câmara Criminal do TJMT, e decretou luto oficial por três dias.
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