"No caso de Caster, tudo correu mal desde o princípio", afirmou Wonkan, da Universidade da Cidade do Cabo, em uma conferência sobre as sociedades africanas e a genética.
"O número de anomalias genéticas e sua complexidade converte a política das análises de gênero - pelo menos o uso da genética - em algo completamente inadequado, e sua revisão é obrigatória", acrescentou.
O caso Semenya chamou a atenção do mundo do esporte após a Confederação Internacional de Atletismo (IAAF) investigar o sexo da corredora, que venceu o título mundial dos 800 m em agosto de 2009, em Berlim.
As investigações da IAAF foram requisitadas na África do Sul e geraram uma polêmica depois que foram vazados os resultados dos exames pedidos pela entidade.
A jovem, 20 anos, voltou a competir em julho do ano passado, após ter sido forçada a se afastar por 11 meses, devido à investigação da confederação.
"Não é uma questão médica ou científica" , disse Wonkam sobre o uso da genética. "Também é um problema jurídico, social, psicológico e funcional que ainda não está resolvido em alguns casos. Porque não sabemos interpretar todas as variáveis", completou o acadêmico da Cidade do Cabo.
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