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Quarta - 11 de Setembro de 2013 às 06:55
Por: FABLICIO RODRIGUES

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FABLICIO RODRIGUES
Embora sequer tenha assinado o requerimento pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostos pagamentos maiores que o contratado pelo governo do Estado, o deputado estadual José Riva (PSD) se viu em meio a boatos de que a denúncia seja uma reação ao afastamento do vereador João Emanuel – seu genro e correligionário – da presidência da Câmara de Cuiabá. 


 
O deputado foi quem recebeu, na semana passada, um envelope contendo a acusação de que empresas que prestam serviço à secretaria estadual de Pavimentação e Transportes Urbanos estariam recebendo valores superiores ao previsto no ato de contratação. Na ocasião, cogitou a possibilidade de instaurar uma CPI, que ontem acabou conquistando sete assinaturas, sob articulação de Dilmar Dal Bosco (DEM). 


 
Riva, no entanto, nega que a iminente CPI tenha sido provocada por si como forma de uma suposta retaliação ao PMDB do governador Silval Barbosa. O motivo, segundo os comentários, seria o fato de o partido não ter orientado seus vereadores a agirem em favor de João Emanuel. 


 
Isso porque, embora a legenda garanta ser oposição na Câmara – ala liderada pelo social-democrata -, seus representantes têm atuado de forma contrária. Aroldo Kuzai, inclusive, presidiu a sessão que culminou no afastamento do parlamentar do comando da mesa diretora. 


 
“A Câmara e a prefeitura têm que ter maturidade para lidar com isso. Assunto de lá, é de lá”, rechaça Riva sobre uma suposta interferência. 


 
Conforme já havia adiantado, o deputado sustenta que não assinou o pedido de criação da CPI por entende que, antes, é preciso fazer uma investigação prévia. Ele pondera que, se confirmadas as denúncias, não se furtará a apoiar a comissão. 


 
“Nós não vamos receber uma denúncia anônima, que já começa por ser anônima, e ter como verdadeira. É preciso verificar primeiro”, argumenta o deputado, que já solicitou informações sobre o caso a alguns setores da administração estadual. 


 
“Estamos analisando se há fundamentos nas denúncias de que algumas empreiteiras têm recebido recursos incompatíveis com medições de obras. Lógico que a Assembleia [Legislativa] tem obrigação de apurar, mas não implica já na abertura de uma CPI”, reitera. 


 
Ao passo que as coisas andam, no entanto, a comissão deve ser instalada assim que umas das outras três que já estão em tramitação forem encerradas. A expectativa é que ela ocupe o espaço deixado pela CPI do MT Saúde, que deve ter seu relatório final votado em breve. Até lá, Dilmar Dal Bosco se articulará para convencer outro deputado a aderir ao movimento. Falta apenas uma assinatura. 


 
O último membro pode vir da bancada do PR ou próprio PSD. Este último, inclusive, teria realizado uma reunião interna para discutir o assunto, conforme afirma o democrata. “O Riva falou que faria uma reunião ontem [segunda-feira] com o partido”, garante. 





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