"Foi um golpe para nossas relações com o povo afegão. Trabalhamos duro para diminuir as vítimas civis", se lamentou Gates em entrevista coletiva no Palácio presidencial de Cabul junto ao chefe de Estado do país centro-asiático, Hamid Karzai.
Karzai ressaltou neste comparecimento que "os afegãos querem o fim" deste tipo de incidente, pois já "se sacrificou muito na guerra contra o terrorismo".
Em seu pronunciamento, Gates também se referiu à formação do Exército e da Polícia afegãos, que a partir de julho deste ano devem começar a assumir gradualmente a responsabilidade que atualmente pertence às forças estrangeiras, um processo que concluirá, se for cumprido o prazo previsto, em 2014.
"Me deixe ser claro: não sairemos do Afeganistão neste ano. Estamos trabalhando por um objetivo comum. Não queremos que o país seja um local seguro para os terroristas", defendeu o secretário de Defesa, que acrescentou que os EUA poderiam conservar bases militares permanentes no país se os afegãos desejarem.
"Não há um interesse em ter bases permanentes, mas se os afegãos quiserem podemos estudar a ideia. Não temos uma agenda secreta, só queremos estabilidade. Queremos que o Afeganistão e a região não sejam um lugar de onde sejam lançados ataques contra os EUA", expôs.
Gates, que chegou nesta segunda-feira em visita surpresa à base aérea de Bagram, perto de Cabul, se reuniu com Karzai e visitou o quartel-general da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf) da Otan, comandada pelo general David Petraeus.
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