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Internacional
Segunda - 07 de Março de 2011 às 18:00

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O primeiro-ministro interino da Tunísia, Beji Caid Essebsi, anunciou nesta segunda-feira a composição de um novo governo provisório integrado por 22 ministros, cinco deles novos.

Este novo governo não conta com nenhum ministro que tenha participado do último gabinete do ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro depois de renunciar, em meio a uma revolta popular.

Essebsi, 84, foi designado primeiro-ministro em 27 de fevereiro. Desde então, viu-se obrigado a modificar imediatamente o gabinete de seu predecessor, Mohamed Ghanuchi, após demitir cinco ministros nos últimos dias.

Dois dos ministros que renunciaram, Mohamed Nuri Yuini (Planejamento e Cooperação Internacional) e Mohamed Afif Shelbi (Indústria e Tecnologia), faziam parte do último governo de Ben Ali, enquanto Ahmed Ibrahim (Ensino Superior e Pesquisa Científica) e Ahmed Neyib Shebi (Desenvolvimento Regional e Local), eram dirigentes da oposição.

Além disso, o novo gabinete de transição conta com duas mulheres.

O novo executivo é integrado principalmente por tecnocratas que terão como principal tarefa a recuperação econômica além de preparar a realização de eleições livres em julho deste ano.

Essebsi fez o anúncio após consultar com representantes dos partidos políticos, a magistratura e as organizações sindicais, embora finalmente decidisse pôr nos principais ministérios funcionários com ampla experiência no aparelho estatal.

Conforme analistas locais, o objetivo do primeiro-ministro com o novo Executivo é gerar confiança na nova etapa política.

A renúncia de Ben Ali foi o início do processo revolucionário que se registra neste país norte-africano e que marcou o ponto de partida da atual espiral de revoltas, rebeliões e manifestações populares no Mundo Árabe.






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