"Irã tem que implementar suas obrigações vinculativas para estabelecer a confiança internacional na natureza pacífica de seu programa nuclear", disse Amano na abertura de uma reunião do Conselho de Governadores da agência atômica da Organização das Nações Unidas.
"Irã não está oferecendo a cooperação necessária para que o organismo possa dar segurança crível sobre a ausência de material e atividades nucleares não declarados", criticou o diretor-geral em seu discurso perante os 35 países-membros da Junta, que estarão reunidos durante toda a semana.
Em seu último relatório técnico sobre o Irã, os inspetores da AIEA garantiram que Teerã segue com seu programa nuclear, especialmente com a produção de urânio enriquecido, um material delicado devido a seu possível duplo uso, civil e militar.
O Conselho de Governadores do organismo e o Conselho de Segurança da ONU exigem há anos que a República Islâmica abandone estas atividades, a fim de fomentar a confiança na comunidade internacional para poder chegar a uma solução dialogada a esta polêmica que dura já 9 anos.
Nesse sentido, Amano pediu nesta segunda-feira ao Irã "que dê passos rumo a uma plena aplicação do acordo de controles e outras obrigações".
Por outra parte, o diretor-geral se referiu também à Síria, um estreito aliado do Irã sobre o qual persistem suspeitas de ter tentado construir um reator nuclear clandestino que teria sido bombardeado e destruído em 2007 por Israel.
Amano indicou nesta segunda-feira que a vontade expressada recentemente por Damasco de permitir novas inspeções da AIEA nesse país poderia supor um avanço para esclarecer as origens da instalação bombardeada.
Especialistas internacionais acreditam que um reator nuclear estava sendo construído na localidade de Al-Kibar, no deserto sírio, com ajuda de técnicos norte-coreanos.
Amano confirmou também que seus inspetores de desarmamento visitarão nas próximas semanas uma instalação nuclear na Síria, supostamente relacionada com Al-Kibar.
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