Repórter News - reporternews.com.br
Segunda - 07 de Março de 2011 às 12:21

    Imprimir


Os analistas de defesa dos Estados Unidos estão preparando uma série de opções militares para a Líbia no caso de Washington e seus aliados decidirem intervir no país, informa o jornal "New York Times".

O jornal, que cita fontes anônimas do governo, afirma que o simples uso da interferência dos sinais de aviões no espaço aéreo internacional pode confundir as comunicações do governo com as unidades militares.

A mais recente força a se aproximar, mas com certa distância, de Trípoli é a 26ª Unidade Expedicionária da Marinha, a bordo de dois navios anfíbios, o Kearsarge e o Ponce, segundo o "NYT".

A unidade tem uma força completa por ar, mar e terra que pode avançar rapidamente por centenas de quilômetros. Segundo o jornal, outras opções incluem a inserção de pequenas equipes especiais de operações para auxiliar os rebeldes, como aconteceu no Afeganistão para derrubar os militantes do grupo islâmico Taleban.

Estas equipes são treinadas para melhorar a eficiência dos combatentes com muita rapidez, com treinamento, equipamento e liderança, afirma o jornal.

O "NYT" diz ainda que uma das opções seria fornecer armas e outros materiais aos rebeldes líbios, uma tática arriscada e que pode facilmente se virar contra os EUA no futuro.

A tática já havia sido cogitada pelo líder republicano no Senado dos EUA, Mitch McConnell. McConnell mencionou a opção durante uma entrevista no programa "Face the Nation" da CBS, neste domingo. Ele lembrou ações similares realizadas pelos EUA durante a Guerra Fria.

"Outra opção que utilizamos frequentemente durante a Guerra Fria é simplesmente ajudar e armar os insurgentes", disse.

No entanto, assinalou que primeiro é necessário saber "com quem estamos tratando" antes de fornecer armas aos rebeldes que se levantaram contra o regime de Gaddafi.

Na mesma linha, o senador republicano pelo Arizona e ex-candidato presidencial, John McCain, declarou em entrevista na ABC que a ajuda humanitária até agora iniciada pelos EUA poderia incluir "assistência técnica, em inteligência e treino". "Claramente, estamos do lado dos rebeldes", disse McCain.

"Uma intervenção no terreno por parte dos EUA seria contraproducente, mas podemos assistir de muitos modos: em ajuda humanitária, treino, assim como formando um governo provisório em Benghazi", acrescentou o senador republicano.

A estas declarações uniu-se o antigo conselheiro de segurança nacional de George W. Bush, Stephen Hadley, que ressaltou neste domingo que seria de "utilidade" a provisão de material antiaéreo às forças insurgentes que controlam o leste da Líbia.

Oficialmente, o governo de Barack Obama fez um discurso de apoio ao povo líbio, no qual pediu a renúncia do ditador, mas assinalou que a solução do problema tem que ser "multilateral".

O chefe de Gabinete, Bill Daley, reiterou neste domingo que "Estados Unidos e seus aliados seguem falando para conseguir um esforço coordenado que pressione Gaddafi".

No entanto, ressaltou que "deve ser um esforço internacional. Não pode ser realizado só por um país".






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/99952/visualizar/