Os combates seguiram ao longo do fim de semana, com muitas mortes, agravando a crise humanitária no país do norte da África.
Na entrevista, Kadhafi disse que a União Africana estava mandando uma comissão de investigação à Líbia, para mostrar que os "problemas" relatados seriam exagerados, disse.
Ele disse que estava em contato constantes com países africanos. "Eu disse a eles que não há motivos para exagerar a situação, como se houvesse um problema", afirmou. "Tudo está normal."
"Estamos em contato e, de fato, a União Africana vai mandar um comitê investigar os fatos para confirmar ao mundo que o que é publicado sobre a Líbia lá fora é uma mentira, 100%", disse.
Ras Lanuf
A Força Aérea da Líbia, leal ao ditador Muammar Kadhafi, bombardeou nesta segunda-feira (7) as redondezas do estratégico porto petrolífero de Ras Lanuf, no leste do país. Os rebeldes, que controlam a região, responderam com disparos de artilharia.
Uma forte explosão atingiu o deserto, a dois quilômetros a leste da cidade, segundo um jornalista da France Presse. Seis peças de artilharia dispararam contra o céu.
Na véspera, aviões militares líbios haviam atacado Ras Lanuf, sem causar vítimas.
Crise humanitária
As agências humanitárias da ONU fizeram nesta segunda um pedido para arrecadar US$ 160 milhões de ajuda para as vítimas do conflito na Líbia.
"Em resposta à atual crise na Líbia, que provocou a entrada de 191.748 pessoas nos países vizinhos como Tunísia, Egito e Níger, a ONU, a Organização Internacional para Migrações (OIM) e as agências associadas fazem um apelo regional urgente", afirma um comunicado oficial.
O apelo inclui 17 organizações de ajuda humanitária, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Alimentar Mundial (PAM).
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