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Economia
Domingo - 29 de Julho de 2007 às 19:54
Por: Marcosndes Maciel

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Quarto estado do ranking brasileiro com o maior índice de procura por investimentos no setor mineral, Mato Grosso se prepara para ingressar nos próximos anos no ciclo econômico dos minérios. Somente nos últimos dois anos, sete empresas investiram algo em torno de US$ 100 milhões no Estado. Detentor de um subsolo rico e muito cobiçado, Mato Grosso está apostando suas fichas na expansão do setor mineral como uma de suas forças para alavancar o seu desenvolvimento a partir da próxima meia década e diversificar sua pauta de exportações e sua economia.

Indícios para isso não faltam. Basta dar uma olhada nas estatísticas para se perceber que o mundo está com suas atenções voltadas para Mato Grosso. Para se ter uma idéia disto, o número de requerimentos protocolados pelas empresas no Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) do Ministério das Minas e Energia aumentou 124% nos últimos quatro anos. Saltou de 445, em 2002, para 784 em 2004 e no ano passado chegou a 1,01 mil. Este ano, só até o mês de junho, já foram protocolados 615 requerimentos de empresas interessadas em desenvolver projetos de pesquisa e lavra no Estado.

O levantamento do DNPM revela também que em 2002, Mato Grosso era o 11º estado com maior procura por investimentos nesta área. No ano passado assumiu a 5ª colocação e, este ano, passou a ser o 4º mais cobiçado pelas empresas que desenvolvem projetos de pesquisa e lavra.

“Sem dúvida, Mato Grosso estará em breve ingressando em uma nova era de prosperidade e crescimento econômico com o setor mineral. As nossas riquezas são imensuráveis e, com o levantamento aerogeofísico que acabamos de lançar, vamos identificar as áreas propensas para a ocorrência de minérios e facilitar a sua prospecção”, diz o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Estado, Alexandre Furlan.

Ele aponta que o projeto é de fundamental importância para o desenvolvimento do setor mineral de Mato Grosso, “pois com o resultado desse trabalho o Estado poderá atrair investimentos privados na prospecção e pesquisa mineral, abrindo um novo horizonte para a nossa economia”.

O presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minérios de Mato Grosso, entidade vinculada à Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Antônio Carlos Machado Matias, não esconde o seu otimismo em relação ao futuro do setor mineral mato-grossense. “Temos tudo para iniciarmos um novo ciclo econômico. Acredito que o levantamento aerogeofísico cumprirá importante papel na atração de novos investimentos para o Estado nos próximos anos”, enfatiza.

Matias afirma que, apesar do excelente potencial mineral de Mato Grosso, o Estado ainda está adormecido nesta área. “Os investimentos realmente são muito tímidos se compararmos com os dos estados mais avançados neste setor, como Minas Gerais, Bahia e São Paulo. Acredito, entretanto, que dentro de cinco anos vamos começar a sentir os reflexos do trabalho que estamos iniciando agora e, em dez anos, estaremos com o setor consolidado”.

Para o chefe do 12º Distrito do DNMP em Mato Grosso, Jocy Gonçalo de Miranda, o Estado tem plenas condições de desenvolver o seu setor mineral a médio prazo. “Temos potencial e só precisamos de pesquisa. A partir do momento que conhecermos o nosso subsolo, teremos um novo boom de investimentos em nossa região. É só uma questão de tempo”.

Segundo ele, muitas empresas estrangeiras que atuam na área de pesquisa mineral desconhecem o potencial de Mato Grosso, “mas as grandes mineradoras já estão de olho e montando os seus projetos de pesquisa no Estado”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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