Novo ciclo econômico à vista para MT
Indícios para isso não faltam. Basta dar uma olhada nas estatísticas para se perceber que o mundo está com suas atenções voltadas para Mato Grosso. Para se ter uma idéia disto, o número de requerimentos protocolados pelas empresas no Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) do Ministério das Minas e Energia aumentou 124% nos últimos quatro anos. Saltou de 445, em 2002, para 784 em 2004 e no ano passado chegou a 1,01 mil. Este ano, só até o mês de junho, já foram protocolados 615 requerimentos de empresas interessadas em desenvolver projetos de pesquisa e lavra no Estado.
O levantamento do DNPM revela também que em 2002, Mato Grosso era o 11º estado com maior procura por investimentos nesta área. No ano passado assumiu a 5ª colocação e, este ano, passou a ser o 4º mais cobiçado pelas empresas que desenvolvem projetos de pesquisa e lavra.
“Sem dúvida, Mato Grosso estará em breve ingressando em uma nova era de prosperidade e crescimento econômico com o setor mineral. As nossas riquezas são imensuráveis e, com o levantamento aerogeofísico que acabamos de lançar, vamos identificar as áreas propensas para a ocorrência de minérios e facilitar a sua prospecção”, diz o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Estado, Alexandre Furlan.
Ele aponta que o projeto é de fundamental importância para o desenvolvimento do setor mineral de Mato Grosso, “pois com o resultado desse trabalho o Estado poderá atrair investimentos privados na prospecção e pesquisa mineral, abrindo um novo horizonte para a nossa economia”.
O presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minérios de Mato Grosso, entidade vinculada à Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Antônio Carlos Machado Matias, não esconde o seu otimismo em relação ao futuro do setor mineral mato-grossense. “Temos tudo para iniciarmos um novo ciclo econômico. Acredito que o levantamento aerogeofísico cumprirá importante papel na atração de novos investimentos para o Estado nos próximos anos”, enfatiza.
Matias afirma que, apesar do excelente potencial mineral de Mato Grosso, o Estado ainda está adormecido nesta área. “Os investimentos realmente são muito tímidos se compararmos com os dos estados mais avançados neste setor, como Minas Gerais, Bahia e São Paulo. Acredito, entretanto, que dentro de cinco anos vamos começar a sentir os reflexos do trabalho que estamos iniciando agora e, em dez anos, estaremos com o setor consolidado”.
Para o chefe do 12º Distrito do DNMP em Mato Grosso, Jocy Gonçalo de Miranda, o Estado tem plenas condições de desenvolver o seu setor mineral a médio prazo. “Temos potencial e só precisamos de pesquisa. A partir do momento que conhecermos o nosso subsolo, teremos um novo boom de investimentos em nossa região. É só uma questão de tempo”.
Segundo ele, muitas empresas estrangeiras que atuam na área de pesquisa mineral desconhecem o potencial de Mato Grosso, “mas as grandes mineradoras já estão de olho e montando os seus projetos de pesquisa no Estado”.
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