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Politica Brasil
Terça - 19 de Dezembro de 2006 às 07:20

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O Conselho Nacional do Ministério Público recusou por 7 votos a 6 a presença de promotores ou procuradores de Justiça em secretarias de Estado ou outras funções que não as específicas da carreira do Ministério Público. “Agora vou decidir o que fazer, mas em princípio retomo minhas atividades na Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso”, disse Célio Wilson, pouco depois de comunicar por telefone ao governador Blairo Maggi a decisão.

Bastou haver a manifestação do Conselho Nacional do Ministério Público para que as especulações começassem, sendo que a principal delas é que o deputado Carlos Brito (PDT), derrotado nas eleições de outubro passado, tivesse o nome cogitado para assumir a função.

O governador Blairo Maggi tem garantido publicamente que não deixaria um amigo desamparado e o nome de Brito já foi citado para outras funções inclusive a Casa Civil, que ontem foi oferecida ao PFL, depois de ter sido oferecida ao PMDB, através da indicação do vice-governador eleito e presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa, que recusou a indicação.

Mesmo sem haver uma decisão em definitivo, já que o secretário Célio Wilson, no cargo desde o inicio do mandato em 2003, vê como remota, mas possível de discussão uma licença de dois anos para tratamento de assuntos particulares, o que permitiria sua permanência na função por mais dois anos. “Vou conversar este assunto com o governador Blairo Maggi e com o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, que defende em casos especiais como Segurança Pública e Justiça a presença de membros do Ministério Público”, explicou Célio Wilson.

O secretário lembrou que havia compromisso assumido por um conselheiro que não compareceu à reunião do Conselho Nacional do Ministério Público, o que em síntese colocou por terra as expectativas do promotor de continuar como Secretário de Justiça e Segurança Pública. O outro caso, do secretário de Meio Ambiente, Marcos Machado, já estava definido por decisão do próprio promotor, que já havia demonstrado o interesse de retomar suas atividades como operador do Direito.

O cargo de secretário-Chefe da Casa Civil foi oferecido pelo governador Blairo Maggi (PPS) ao PFL em busca de ter o partido na sua base de sustentação. A preocupação do governador é não apenas ter o partido como aliado, como já o é, mas também abrir a perspectiva de que a vaga seja ocupada por um deputado estadual para poder atender seus companheiros de partido com mandatos.

O PPS e o PFL se coligaram nas eleições deste ano para deputado estadual, sendo que cada um elegeu cinco deputados e os três primeiros suplentes são do PPS, Wagner Ramos, Roberto França e Pedro Satélite, sendo que o Chefe do Executivo faz força para ter pelo menos os dois primeiros como parlamentares, por isso necessita transformar dois do PPS ou dois do PFL em secretários abrindo vaga para os suplentes.

O convite para a Casa Civil poderia retirar o deputado Humberto Bosaipo ou Dilceu Dal’Bosco da Assembléia Legislativa abrindo vaga para o primeiro suplente Wagner Ramos. Mesmo assim existe a possibilidade de um outro parlamentar ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Rural, no caso o deputado Sebastião Rezende, que por ser engenheiro e já ter o nome citado para compor o secretariado do Governo do Estado viria a aceitar o convite para acomodação do ex-prefeito Roberto França. Durante a reunião do PFL, o secretário Vilceu Marchetti foi chamado ao Palácio Paiaguás. A vaga de Infra-estrutura interessa ao deputado Dilceu Dal’Bosco.





Fonte: Diário de Cuiabá

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