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Economia
Terça - 10 de Janeiro de 2006 às 19:33

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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, destacou nesta terça-feira que o Brasil tomou uma decisão "madura" ao antecipar o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e voltou a defender um ajuste fiscal de longo prazo. "Podemos reafirmar com segurança que o pagamento antecipado da dívida brasileira com o FMI foi uma decisão madura e sustentada em bases econômicas sólidas", disse Palocci em discurso no Palácio do Planalto ao lado do diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato.

O ministro ressaltou que o fim do compromisso com o Fundo não indica mudança no rumo da política econômica e acrescentou que o pagamento antecipado faz parte da estratégia de redução e melhora do perfil da dívida externa.

"Acredito que perseverando nesse caminho de políticas macroeconômicas sólidas o Brasil atingirá o chamado grau de investimento nos mercados internacionais", disse o ministro, sem falar em prazos.

No final de 2005, o governo brasileiro antecipou o pagamento de cerca de 15,5 bilhões de dólares ao FMI, quitando sua dívida junto ao organismo.

Rato, por sua vez, destacou as conquistas macroeconômicas brasileiras dos últimos anos e mostrou otimismo com o futuro país.

"O Brasil finalmente deixou para trás um longo período de instabilidade macroeconômica. Como resultado, não haverá mais décadas perdidas", disse o diretor-gerente do Fundo.

Palocci fez um balanço das melhorias macroeconômicas, mas destacou que o governo está consciente de que é preciso ampliar os investimentos em infra-estrutura, dar sequência a importantes reformas microeconômicas e buscar a simplificação da estrutura tributária.

"Temos que dar ao processo de consolidação fiscal perspectiva de longo prazo e melhorar a qualidade do ajuste que fizemos, diminuindo as fontes de rigidez de nosso Orçamento, controlando as despesas primárias correntes e revendo nossos complexos mecanismos para despesas obrigatórias", acrescentou.

Isso, segundo o ministro, permitiria que sobrassem mais recursos para áreas prioritárias, como a social, e diminuiria o custo da dívida pública.

Palocci apelou que as eleições não atrapalhem a tramitação de reformas importantes. "Neste ano, que é um ano eleitoral, é importante que as diferentes forças políticas que estão disputando espaços legítimos nos pleitos de outubro tenham consicência de que o país não pode parar e que as reformas devem continuar para garantir um crescimento maior e mais estável de nossa economia."





Fonte: Terra

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