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Opinião
Sábado - 07 de Setembro de 2024 às 00:13
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Flavio Dino do STF, em decisão monocrática, determinou que tem que ser mostrado para onde vão as emendas Pix e que se preste contas também. Parlamentares não gostaram dessa decisão, essa emenda é um pé pequi em ano eleitoral. O parlamentar mandava para seu reduto eleitoral e sabe-se lá como seria usada. Será que não ajudavam também nas eleições?

Como reação, a CCJ da Câmara dos deputados aprovou quase por unanimidade que decisão monocrática do STF, que envolvam algumas decisões de estados, municípios e da União, poderiam ser derrubadas em votos no plenário do Congresso. Um poder querendo interferir no outro. Segue o que houve antes em Israel. Ali o governo Netanyahu, que tem maioria no Congresso, também quer mudar ou anular decisões judiciais em voto no parlamento.

O mesmo Flavio Dino determinando que o governo apresente plano e ações para combater incêndios em lugares diferentes do Brasil. Essa atuação é mais própria de cada estado, não diretamente de Brasília. Ali pode ajudar com recursos e coisa assim, mas a ação maior pertence aos estados, mas o Ministro determina que o governo aja também por aí. Ficou aquele clima estranho.

O Banco Central terá novo presidente, Gabriel Galípolo. Sai Roberto Campos. Hoje o presidente do Banco Central tem mandato fixo por determinado tempo, não é trocado, como antes, por cada presidente que entrasse ou ainda por algum motivo do momento.


Lula andou de cara torcida para o presidente que saia. Queria indicar o seu para, era a crença, que ele abaixasse os juros que estava em mais de 10% ao ano. As pessoas poderiam comprar mais e ajudar no crescimento econômico. O Banco Central sob Campos Neto manteve os juros.

Será que o novo presidente abaixará os juros? Em que patamar? Deve ter cuidado porque entre juros baixos e uma volta de inflação o melhor seria manter a coisa como está.

Apareceu fala, já desmentida, de que poderia haver privatização de três gigantes da economia: Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil. Mesmo com desmentidos a coisa pegou fogo. Os que são a favor diziam que as privatizações do saneamento, energia, rodovias, ferrovias, deram certas. Que esses setores estão muito melhores agora do que antes.

Os que são contra privatizações de maneira geral e outros mais nacionalistas logo se manifestaram contra passar para a iniciativa privada aquelas três áreas porque só ajudaria no enriquecimento de alguns no país. E difícil acreditar que qualquer governo vai entrar por aí. A celeuma seria muito grande, elas dão constantes lucros.

Repercutiu a afirmação do colunista Elio Gaspari de que não existe mais bolsonarismo. Que os que assim se intitulavam antes, são antipetistas e não mais bolsonaristas. Os conservadores abraçaram Bolsonaro naquele momento porque era contra o PT. Deixou o governo, mas os conservadores continuam com a mesma tese, mas agora sem Bolsonaro.

O legado de Bolsonaro maior para a politica brasileira foi fazer com que os conservadores e contra a esquerda se mostrassem. E hoje representam na politica nacional uma força contra ideias mais à esquerda.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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