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Opinião
Quarta - 16 de Outubro de 2024 às 00:28
Por: Sérgio Cintra

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Há os que acreditam que só existam duas opções em tudo na vida: ou o bem ou o mal; ou a vida ou a morte; ou o claro ou o escuro; ou o céu ou o inferno etc.: a isso denomina-se “Maniqueísmo”. Essa visão dicotômica de mundo surgiu na Pérsia no século III d. C. e ainda permeia grande parte da sociedade contemporânea.

Por outro lado, o inconsciente coletivo é moldado por arquétipos (Jung) que influenciam o comportamento humano; porém, há o inconsciente individual (Freud) que possibilita reflexões sobre as escolhas de cada um. Grosso modo, esses dois inconscientes se complementam e moldam as nossas escolhas. Parece-me que nas eleições, especialmente no 2º turno, o “Maniqueísmo” em Cuiabá será determinante no resultado do pleito eleitoral.

De um lado, “Este”: sensato, calmo, equilibrado, conciliador, consequente e racional; médico formado na UFMT que acredita na ciência e dá o melhor de si em favor dos menos favorecidos; é a favor da vacinação; defende a democracia e a liberdade de expressão; defende a igualde de gênero; luta pelo fim do racismo e valoriza a cultura afrobrasileira; luta pelo respeito e pela valorização dos funcionários públicos.

Do outro, “Aquele”: leviano, irado, desequilibrado, agitador, inconsequente e irracional; arquiteto formado na Unic que tem atitudes negacionistas como a de minimizar o vandalismo em Brasília no 8 de janeiro; nega o valor da ciência e questiona a eficácia da vacinação; tem atitudes neonazistas e é mestre na divulgação de Fake News; é machista e homofóbico; defende a supremacia branca e o arianismo; persegue e desvaloriza os servidores públicos.


Eric Hobsbawm, em “A era dos Extremos”, afirmou que o século XX foi breve e das ilusões perdidas; mas estamos no século XXI e, infelizmente, o capitalismo é hegemônico. Todavia, o século XX ainda ecoa no nosso tempo. Sendo assim, tanto inconsciente coletivo como o inconsciente individual formam o inconsciente social e este, por sua vez, será determinante nos destinos da nossa Cuiabá nos próximos quatro anos. Que Cuiabá queremos: A do “Este” ou a do “Aquele”? Quereremos a Cuiabá verde ou cinza; para todos ou para alguns; do desenvolvimento ou do atraso; do saber ou da ignorância? O que escolhermos determinará a nossa qualidade de vida e dos nossos filhos; portanto, diante de dois vieses antagônicos, escolhamos aquele que fará de Cuiabá uma cidade ambiental, social, econômica e culturalmente sustentável para Todos.

Sérgio Cintra é professor e está servidor do TCE-MT.



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