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Opinião
Sábado - 09 de Novembro de 2024 às 00:09
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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Volta e meia, recebemos mensagens solicitando orações e suas replicações para que Deus, através de seu Filho Jesus Cristo, Nossa Senhora e outros Santos e Santas, intercedam por pessoas e situações que envolvem recuperação de saúde, cura milagrosa e também para evitar acontecimentos catastróficos, entre outras situações que fogem da capacidade de intervenção humana.

Devemos considerar válidas todas essas interações, no entanto, a fé, necessariamente, precisa ser crença, convicção e virtude de quem desesperadamente precisa da piedosa intervenção divina, muito mais do que da corroborada súplica de outras pessoas. Essa súplica, no momento do desespero, se torna uma corrente de pensamentos solidários, o suporte para quem precisa lutar e vencer, nada mais que isso. Mas tudo dependerá da interação dessa pessoa com Deus.

A bênção da cura e do desarmamento dos espíritos beligerantes que habitam indivíduos, seitas, ideologias e até mesmo religiões é algo que não depende de nós, mas Dele. Sim, porque um dia todas essas entidades já tentaram, conseguiram ou estão buscando derrotar seus inimigos pelas armas.

Então, a pergunta que estão propondo agora é sobre quem será nosso melhor interlocutor para questões como doenças incuráveis e outras situações mais abrangentes, como aquelas que envolvem a sobrevivência de todos.


Nós, em nossa fé, em nossas esperanças e em nossas súplicas a Deus, a quem recorremos em busca de sua piedosa bondade, ou aquela que a cada dia se torna uma poderosa ferramenta a oferecer solução para nossos problemas, o ente supremo criado artificialmente para ser o condutor da vida sobre a Terra, no infinito e além — parafraseando o astronauta Buzz Lightyear, personagem de desenho animado — fruto da crescente interação, melhor dizendo, da exploração gratuita de tudo o que imaginamos e informamos em nossas redes sociais, trabalhos escolares, estudos universitários, mestrados, doutorados e tudo mais que produzimos, queiramos ou não, colocar a público.

Tudo, mas tudo mesmo, é imediatamente recolhido na memória da nova e, até agora, inquestionável condutora do futuro da humanidade: a poderosa, insuperável e, convenhamos, desumana Inteligência Artificial.

Estamos perdidos! Sendo robotizados até naquilo que mais importa: o raciocínio humano e, com ele, a fé religiosa. Alguns dizem que não há o que fazer, que temos que aceitar e seguir em frente. Sinceramente, seguir em frente dessa maneira é como ser um cachorrinho. Desculpem, vou corrigir: um pet (hoje em dia, até nisso é preciso agir de forma politicamente correta ou o algoritmo da IA vai te entregar) sendo guiado por uma coleira comportamental invisível.

Então, ao invés de exercitar nosso cérebro, como sugerido em meu último artigo, vamos nos enterrar no ostracismo intelectual e deixar um programa de inteligência artificial pensar por nós, perguntar e responder por nós e, porque não, até sonhar por nós, como agora tenta nos impor Mark Zuckerberg, um dos instrumentos da Nova Ordem Mundial, através de outro dos seus métodos de colonização cerebral, o WhatsApp. Será esse o princípio do fim da humanidade na Terra?

Acho até que alguém já expressou esse vaticínio.

[…] É o fim da aventura humana na Terra


Meu planeta, adeus […]


Verso escrito por Saulo Fernandes na música Minha pequena Eva (Banda Eva).

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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