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Opinião
Quarta - 04 de Dezembro de 2024 às 00:16
Por: Kamila Garcia

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Carl Jung disse: “Ao tocar uma alma humana, seja apenas uma alma humana.” Essas palavras ressoam como um convite à empatia, à paciência e ao respeito. Talvez ele quisesse dizer: "Seja justo. Reconheça que sua razão de viver pode ser diferente da de seu irmão, mas nem por isso superior ou inferior." Essa é a base da verdadeira convivência humana: justiça e respeito.

Embora todos sejamos semelhantes a Deus em essência, nossas formas de pensar e agir são diversas. Nossos níveis de consciência diferem em valores, conduta e maturidade espiritual. Há quem se mantenha firme em seus princípios éticos mesmo nas adversidades, enquanto outros sucumbem à tentação de se corromper ao menor sinal de dificuldade, acreditando-se superiores.

A plena consciência da alma exige valores inegociáveis na conduta humana. Não basta conhecimento; é preciso ética, integridade e um compromisso inabalável com o bem. Não é uma questão de status ou reconhecimento externo, mas de alinhamento interno com aquilo que é justo e moralmente elevado.

Faz parte do nosso processo evolutivo — cármico ou não — buscar sabedoria e cultivar pensamentos positivos. O altruísmo da alma nos coloca acima de qualquer julgamento moral, pois nos conecta a uma frequência onde pensamento, sentimento e palavra estão em harmonia.

Uma alma virtuosa é como um pássaro que voa contra o vento, usando a resistência para ganhar altura. Assim é a consciência da alma: uma jornada contra as adversidades para alcançar novos patamares. A liberdade de pensar, agir e ser implica escolhas conscientes, em sintonia com essa tríade fundamental: pensamento, sentimento e palavra.

Não podemos exigir lealdade sem sermos leais, nem cobrar obediência sem sermos obedientes. A justiça começa pelo exemplo, assim como o amor começa a amar antes de ser amado. A consciência plena se manifesta na equidade e na reciprocidade, onde todos, independentemente de posição social, etnia, credo ou gênero, merecem ser tratados com dignidade. Alma não tem cor, sexo ou nacionalidade; tem essência e valor.

Infelizmente, é comum falar de ética e direitos sem antes praticá-los internamente. A verdadeira consciência de si exige autoconhecimento e reforma íntima. É necessário abandonar padrões antigos e abraçar o crescimento espiritual, lapidando a alma diariamente.

Que impacto teria se todos que falam de amor vivessem o amor em sua essência? Se pudéssemos julgar menos e amar mais, o mundo seria transformado. Reconheço minha humanidade e limitação ao dizer que não julgo suas atitudes, mas busco continuamente aprimorar as minhas.

O propósito da vida é a felicidade, mas essa felicidade só pode ser encontrada em uma alma pura e em paz. Hoje, escolho enfrentar minhas sombras internas, assim como o Deus Rá enfrentava a escuridão de Apófis para trazer luz ao mundo. Da mesma forma, cada amanhecer é uma vitória sobre nossas próprias trevas. Assim, redescubro o Sol que habita em mim, a força divina que me guia e transforma.

Que possamos todos reconhecer essa luz interna e trilhar o caminho da plena consciência da alma, buscando ser melhores a cada dia.

* Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Atualmente, ela equilibra sua rotina entre o trabalho e estudos em Psicanálise e Psicologia Positiva, além de se dedicar às terapias holísticas. Como coach, Kamila utiliza seus conhecimentos para compartilhar insights sobre espiritualidade, ajudando seus clientes a alcançar um maior bem-estar e autoconhecimento.



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