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Opinião
Segunda - 23 de Dezembro de 2024 às 00:07
Por: Deusdédit de Almeida

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Assim proclamou Isaias, o profeta do Messias (740-700 a.c.): “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu” (Is. 9,1). Este texto messiânico aponta para Jesus, luz da humanidade, o qual realiza a esperança messiânica com sua encarnação. Ao lançar a semente da palavra de Deus neste mundo, Jesus afirmou: “Eu sou a luz da vida. Quem me segue nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12).

A magia do Natal é marcada pelo fascínio das luzes nas arvores de natal, nas famílias, nas ruas, lojas, Igrejas, ambientes recreativos e cidades. São reflexos da incontida alegria pela chegada do grande Rei, farol iluminador da nossa vida. A comemoração do Natal no dia 25 de dezembro é certamente de origem ocidental e provavelmente romana. A razão da Igreja Católica ter fixado para o Natal esta data não é só para comemorar o nascimento histórico de Cristo, mas principalmente suplantar a festa pagã: Natalis Solis Invicti- (o nascimento do sol invencível). A Igreja reage contra a corrente que começava arrastar os fiéis para praticas pagãs. O “Solis Invcti” se refere ao sol que vence as trevas precisamente logo depois de começar o solstício do inverno.

A cristianização da festa do Natal se dá com o simbolismo do “sol” aplicado a Jesus, anunciado no Antigo Testamento pelo profeta Malaquias: “o sol da justiça se levantará trazendo cura” (Ml 4,2). Fundamenta-se, também, no Novo Testamento: Ele é o Sol nascente que nos veio visitar (Lc 1,78). Jesus é o verdadeiro Sol que apareceu no mundo depois da longa noite do pecado. Assim, o Natal das luzes nos quer comunicar a mística da beleza da fraternidade humana, da alegre comunhão, da harmonia, e da compreensão entre as pessoas.



A magia do Natal é marcada pelo fascínio das luzes nas arvores de natal, nas famílias, nas ruas, lojas, Igrejas, ambientes recreativos e cidades

Esta grande festa da fraternidade universal, celebrada no mundo inteiro, se reveste de uma certa ternura e magia, despertando nas pessoas sentimentos cristãos, muitas vezes adormecidos, como: alegria, amizade, confraternização, gestos de bondade e reconciliação com o próximo. A arvore de Natal, símbolo da vida, deve ser enfeitada de bons frutos, para recebermos aquele que é a verdadeira vida: Jesus, salvador! Ora, o fruto mais lindo do natal é a amizade sincera que construímos com os irmãos e irmãs, como nos lembrou o tema da campanha da fraternidade deste ano: “Fraternidade e amizade social”. Precisamos, sim, ampliar e fortalecer os vínculos da amizade social. Por isso, o Natal deve ser uma grandiosa sinfonia de afetos humanos e amizade social.

Não esqueçamos que os bons e verdadeiros amigos são, também, presentes que recebemos de Deus. São presentes que se fazem presentes o ano inteiro. Os verdadeiros amigos não os compramos em pacote! Não há dinheiro que os possam pagar! Neste Natal, inclua na sua agenda pessoal, entre “os amigos mais chegados”, o melhor deles: a adorável pessoa de Jesus! Os brindes Natalinos que trocamos são desdobramentos da jubilosa presença deste grande amigo e parceiro, o Senhor Jesus, que se encarnou entre nós. Dia 29 de dezembro abriremos a celebração do Jubileu da encarnação para lembrar que o Senhor, que se fez homem, está vivo e atuante em nossa história, e na cotidianidade da nossa vida. Como uma Manjedoura acolhamos com alegria o Divino Salvador e que as Luzes do menino Deus possam inundar todos os corações humanos, neste Natal, sobretudo os que andam nas trevas da incredulidade e da indiferença.

Um feliz, santo e renovador Natal para todos!

Padre Deusdédit de Almeida é sacerdote Diocesana na Catedral de Cuiabá



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