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Economia
Sexta - 04 de Março de 2011 às 19:24

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As intervenções do Banco Central não evitaram que a taxa de câmbio doméstica encerrasse o expediente em sua menor cotação desde o final de agosto de 2008.

Como alguns profissionais do setor financeiro esperavam, o BC atuou com mais intensidade hoje, por meio de operações à vista e a termo (em que as trocas são fechadas com diferença de semanas). Mas é opinião corrente que a autoridade monetária "enxuga gelo" na tentativa implícita (já que o BC não tem "meta" para a taxa cambial) de conter a queda das cotações.

O dólar perde valor em nível mundial, e no front doméstico, o mercado estima um forte ingresso de divisas por conta dos IPOs (ofertas públicas de ações) previstos para o curto prazo. Essas operações, historicamente, têm forte participação de capital estrangeiro.

LEILÕES

Perto do meio-dia, a autoridade monetária entrou no mercado com a primeira compra de dólar a termo, quando aceitou ofertas por R$ 1,6538, emendando logo depois uma operação para compra à vista, quando tomou dólares por R$ 1,6464 (taxa de corte).

Pouco depois das 15h30, a autoridade monetária repetiu a combinação. Promoveu um leilão de dólar a termo, quando aceitou preços de R$ 1,6478, e quase imediatamente, convocou um novo leilão de câmbio à vista, com taxa de corte em R$ 1,6441.

O montante negociado nessas operações deve ser conhecido somente na semana que vem, quando o BC divulga os números sobre fluxo cambial e as posições dos agentes financeiros.

Hoje, o dólar comercial atingiu sua cotação máxima (R$ 1,652) logo pela manhã, descendo para a taxa mínima de R$ 1,644 no final da tarde, quando encerrou a sessão sendo negociado por R$ 1,645, um decréscimo de 0,42% sobre o fechamento de ontem.

Em 2011, a taxa de câmbio já acumula uma desvalorização de 1,26%.

JUROS FUTUROS

As taxas projetadas subira modestamente no mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos bancários.

Entre as principais notícias do dia, o IBGE apontou inflação de 0,80% em fevereiro, ante variação de 0,83% em janeiro, conforme a leitura do IPCA, índice oficial para o regime de metas do governo. No acumulado em 12 meses, o IPCA teve alta de 6,01%.

Outro importante índice de preços também desacelerou: a FGV calculou uma variação de 0,96% para o IGP-DI em fevereiro, ante 0,98% no mês anterior.

A taxa projetada no contrato para julho avançou de 12,06% ao ano para 12,07%; para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 12,55% para 12,57%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada ascendeu de 12,82% para 12,84%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.






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