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Cultura
Sexta - 04 de Março de 2011 às 18:04

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A fama internacional do Carnaval no Rio atrai milhares de turistas de outros lugares do Brasil e de diversas partes do mundo. Na chegada à cidade, os visitantes revelam o que esperam e as dificuldades que enfrentaram no caminho.

Alicia afirma que o Brasil é um destino caro, mas aponta a proximidade do Peru como vantagem. "Vim com um grupo de amigas e temos outros conhecidos de Lima que estão vindo", conta.

Já a americana Gabriella Aranda, de San Francisco, escolheu o Rio como cenário para comemorar o seu aniversário de 50 anos.

"Estava na lista de coisas para fazer antes de morrer", conta Gabriella, que chegou à cidade com dois amigos e vai se hospedar em um apartamento alugado em Ipanema.

"O plano é ir ver o Cristo (""the big Jesus""), ficar na praia, ir ao Jardim Botânico, ver o Carnaval... Acho que vai ser uma experiência de vida", diz a aniversariante.

De mochilões nas costas, as amigas australianas Mary Angove e Kate Elmes estão viajando o mundo desde julho. Elas escolheram o Carnaval carioca para iniciar a temporada de dois meses que vão passar na América do Sul.

"A minha expectativa é de areia, sol e muita diversão. Ouvi que é um lugar incrível", afirma Mary. "Como o Brasil é tão longe, aproveitamos para planejar uma viagem longa."

A empresária curitibana Nayane Iancoski fez sua estreia no Carnaval carioca no ano passado e, desta vez, decidiu convencer três amigas a conhecer os blocos de rua.

"Eu acho que é o Carnaval mais animado do Brasil, então puxei todo mundo para cá", conta ela, que antes costumava passar o feriado em praias do litoral de Santa Catarina e Paraná.

Aeroporto

No portão de desembarque internacional do Galeão, a chegada parecia transcorrer sem transtornos na última quinta-feira, mas alguns turistas se queixavam das filas.

"Vim conhecer o Carnaval e ver pessoas lindas e maravilhosas", disse um americano de Nova York que se identificou apenas como Ed. "Mas a chegada foi um inferno. Não vejo a hora de chegar ao apartamento."

Assim como Ed, o canadense Peter, que acabara de chegar com sua mulher e dois filhos, também reclamou da demora para entrar no país. Ele afirma ter levado uma hora e meia para passar pela imigração.

"Eu diria que vocês precisam de um aeroporto maior. Ou pelo menos mais de um cara para olhar os papéis na imigração", diz Peter.

Do lado de fora, havia uma longa fila para embarcar no Frescão, o ônibus que faz o traslado do aeroporto para o Centro, Zona Sul e Barra, em um trajeto longo e demorado - o veículo é assim chamado por ter um forte ar condicionado.

A alternativa são os táxis. Ao meio-dia de quinta-feira, não havia fila para pegá-los. Porém, apesar de estar fora da hora de pico, os turistas recém-chegados ainda teriam um longo engarrafamento pela frente na Linha Vermelha.

"Falta metrô para essa pernada final", diz Peter Wanke, coordenador do Centro de Estudos em Logística do Coppead, pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "É essencial uma integração do aeroporto ao metrô da cidade para levar rapidamente à área turística. Senão você liga o turista diretamente a um engarrafamento."






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