"Não existe cenário político algum" na decisão de não incluir dentro do itinerário de visitas guiadas à sede do Governo o salão onde, segundo a história, se suicidou o presidente socialista, disse à Agência Efe o diretor administrativo do Palácio de La Moneda, Aldo Sabat.
Esta medida, que foi revelada pela edição chilena do jornal "Le Monde Diplomatique", ocorre no momento em que a Justiça chilena investiga as circunstâncias em que aconteceu a morte do líder.
"O Palácio de La Moneda abriga a Presidência da República e três ministérios, por isso é impossível levar mais de 400 pessoas diariamente por áeras que, por segurança, estão restringidas e que abrigam escritórios e salas de reuniões", detalhou Sabat.
Ao ressaltar que a medida não tem uma aparência política, o diretor administrativo do palácio presidencial citou como exemplo que durante a celebração do Dia do Patrimônio cerca de 12 mil pessoas visitaram a dependência que agora permanece fechada ao público.
Além disso, La Moneda autoriza outro tipo de visita não ordinária, como a realizada em 11 de setembro - data em que se lembra o golpe militar - pelo Agrupamento de Familiares de Detidos Desaparecidos.
O conjunto "Presidente Allende", dependências que recriam o cenário onde o ex-governante se suicidou, foi inaugurado pela ex-presidente Michelle Bachelet em 11 de setembro de 2008.
Um ano depois, e durante a celebração do aniversário número 36 do levantamento militar de Pinochet, Bachelet fez referência às "polêmicas" geradas pela inauguração das dependências do segundo andar do Palácio de La Moneda em homenagem a Salvador Allende.
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