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Politica Brasil
Quarta - 02 de Março de 2011 às 13:12

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Uma semana depois do Senado, ontem foi a vez da Câmara instalar uma comissão especial sobre a reforma política. Sem nenhum tipo de consenso até o momento, os deputados terão que analisar mais de cem propostas sobre o tema.

O presidente da comissão será Almeida Lima (PMDB-SE), ex-senador, que ficou conhecido por ser um dos integrantes da "tropa de choque" do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em 2007, quando o peemedebista respondeu a uma série de denúncias no Conselho de Ética.

Entre os integrantes da comissão estão ainda Paulo Maluf (PP-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), réu no processo do mensalão.

Já o relator será o ex-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS). Ontem ele disse que o "pilar" da reforma será o financiamento público de campanha.

Presente da sessão inaugural sobre o tema na Câmara, o vice-presidente da República, Michel Temer, voltou a defender o chamado "distritão", sistema pelo qual cada Estado constituiria um distrito eleitoral, dentro do qual seriam eleitos os candidatos a deputado mais votados individualmente. A tese ainda é controversa.

"Esse é um sistema menos discriminatório. O atual modelo é um deboche ao desejo popular", afirmou o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), em referência aos deputados que conseguem se eleger por causa de votos de colegas de coligação, como aconteceu no caso de Tiririca (PR-SP).

"O distritão enfraquece os partidos políticos. O que precisamos é acabar com as coligações", rebateu o líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP).

No Senado, a comissão criada para discutir exatamente o mesmo tema deve concluir os trabalhos no dia 5 de abril. Na Câmara, o prazo é de 180 dias. Os presidentes das Casas negaram que os dois trabalhos sejam conflitantes e disseram que a ideia é juntar tudo no final.






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