Alckmin vê vice como rival do PSDB na eleição de 2012
Preocupado com a movimentação de Gilberto Kassab (DEM), o governador Geraldo Alckmin encomendou, por intermédio do PSDB, uma pesquisa eleitoral que inclui em alguns cenários seu vice, Guilherme Afif Domingos (DEM), como candidato do campo adversário na disputa da eleição municipal.
Afif já avisou a interlocutores que acompanhará Kassab na fundação de uma nova sigla para futura fusão ao PSB.
E, nas projeções de Alckmin, poderá concorrer à prefeitura contra um nome do PSDB no ano que vem.
O ex-governador José Serra e o deputado federal Gabriel Chalita (PSB) também aparecem no levantamento como possíveis candidatos à Prefeitura de São Paulo.
A pesquisa --cujo campo será realizado hoje e amanhã-- oferece seis cenários. Em cinco deles, tem um nome do PSDB. Numa sexta simulação, Chalita substitui as alternativas tucanas.
Ex-secretário da Educação de Alckmin na gestão 2003-2006 e seu aliado a ponto de influenciar na formação do atual secretariado, Chalita deverá deixar o PSB após a chegada de Kassab.
Com patrocínio de Alckmin, ele negocia sua filiação ao PTB. Sob o comando de Campos Machado, fiel aliado do governador, o PTB deve apoiar Alckmin à reeleição.
Chalita também tem conversado com o PV, linha auxiliar dos tucanos no Estado.
A situação preocupa caciques do PSB como o governador do Ceará, Cid Gomes, que viajou ontem a São Paulo para tentar convencer Chalita a permanecer no PSB mesmo com a chegada de Kassab.
"Estou preocupado com Chalita. Parece que são projetos excludentes", afirmou.
CENÁRIOS
Encomendada ao instituto Ibope, a pesquisa repete dois nomes em todos os cenários: além de Afif, Paulo Skaf figura como candidato do PMDB. Atualmente ele está no PSB.
Os cenários alternam dois nomes do PT: o do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e o da senadora Marta Suplicy.
Do tucanato, são testados Serra, o senador Aloysio Nunes Ferreira, e os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente), Emanuel Fernandes (Planejamento) e José Aníbal (Energia).
A expectativa é que o nome de Serra desponte como favorito para disputa, engrossando a pressão sobre ele. A pesquisa, realizada para consumo interno, avaliará ainda a gestão de Kassab.
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