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Economia
Segunda - 28 de Fevereiro de 2011 às 20:28

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O Banco Central usou todo o seu arsenal para intervir no mercado de câmbio doméstico, justamente no dia em que os agentes financeios mais atuam para influenciar na formações dos preços.

A Ptax (taxa média de câmbio, calculada pelo BC) do último dia útil do mês serve para a liquidação de uma série de contratos financeiros vinculados ao dólar. Para garantir os ganhos de suas aplicações, os maiores "players" do mercado entram em peso para derrubar as cotações, já que boa parte das "apostas" do setor financeiro é de "baixa".

Para contrabalançar esse movimento do mercado, a autoridade monetária intensificou e diversificou sua atuação no câmbio doméstico. Hoje, logo pela manhã, o BC já realizou dois leilões para compra de dólar a termo (para liquidação na segunda quinzena de março), fez um grande oferta de "swap" cambial (30 mil contratos, quando a média é de 20 mil), sem esquecer dos habituais leilões para compra de dólar à vista.

Nesse contexto, o dólar oscilou entre R$ 1,663 e R$ 1,652, finalizando o expediente a R$ 1,663, o que representa um leve decréscimo de 0,06% sobre o fechamento de sexta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,770 para venda e por R$ 1,600 para compra.

Em um mês de pouca volatilidade, a cotação da moeda americana cedeu apenas 0,6%.

Ainda operando, a Bovespa sofre queda de 0,14%, aos 66.808 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,6 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,57%.

O BC não fornece imediatamente o total de negócios nos leilões a termo e à vista. No caso dos "swaps" cambiais (equivalentes a compras de dólar no mercado futuro), os agentes financeiros tomaram 25,3 mil dos 30 mil oferecidos, num volume de R$ 1,2 bilhão.

Entre outras notícias importantes do dia, o boletim Focus mostrou que as projeções do mercado para a inflação subiram novamente: para 2011, a variação prevista do IPCA passou de 5,79% para 5,80%; Para 2012, foi mantida a projeção de 4,78%.

JUROS FUTUROS

O mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos bancários, mostrou taxas bem menores nesta segunda-feira, há poucos dias de uma nova reunião do Copom. A maioria dos analistas prevê um ajuste de 11,25% ao ano para 11,75%.

A taxa projetada no contrato para julho cedeu de 12,17% ao ano para 12,09%; para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 12,60% para 12,54%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada retrocedeu de 12,78% para 12,73%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.






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