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Politica Brasil
Quarta - 23 de Fevereiro de 2011 às 15:50

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Em discurso na tribuna do plenário nesta quarta-feira (23), o senador Paulo Paim (PT-RS) antecipou seu voto e confirmou que vai apoiar a proposta do Executivo de um salário mínimo de R$ 545.

O petista chegou a anunciar que apresentaria emenda para elevar o valor para R$ 560, mas recuou depois de reunir-se esta manhã com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

"Votarei pelo projeto que veio da Câmara dos Deputados. [Se votasse contra], eu marcaria uma posição, talvez receberia uma palma ou outra, mas o trabalhador perderia muito, e os aposentados também", afirmou.

Paim disse que mudou de ideia depois que Dilma comprometeu-se a atender duas de suas reivindicações: discutir o fator previdenciário no âmbito do governo e uma política de reajuste para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.

"Eu fui convencido pelos meus próprios argumentos, que tiveram respaldo junto à presidente."

O Palácio do Planalto entrou em campo para evitar dissidências na bancada petista depois que o PMDB garantiu 100% de apoio à proposta do Executivo de R$ 545 na Câmara.

Os governistas querem evitar que o partido da presidente fique marcado por dissidências na primeira votação importante de Dilma no Senado desde que assumiu a Presidência.

O petista reforçou que, independente de seu voto, o governo sairá vitorioso na votação desta tarde pelos R$ 545.

O governo tem ampla maioria no Senado para aprovar a proposta. Aliados de Dilma estimam que o governo pode ter até 57 votos favoráveis ao projeto do Executivo. São necessários 41 votos para aprová-lo.

"Todos nós sabemos qual vai ser o resultado da votação dessa tarde, como sabíamos na Câmara dos Deputados", disse.

Paim elogiou a política salarial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que seu apoio à proposta original do governo não teve contrapartidas do Palácio do Planalto --embora tenha admitido recuar dos R$ 560 depois de ser chamado por Dilma para a reunião.

O petista foi aplaudido por sindicalistas que vão acompanhar a votação do mínimo nas galerias do Senado.

As centrais sindicais defendem os R$ 560, mas liberaram Paim para votar com o governo por considerar que o petista tem como histórico a defesa dos aposentados e trabalhadores.

A Casa limitou a entrada de cem filiados às centrais sindicais para evitar tumultos --já que o regimento do Senado não permite manifestações ou gritos durante as sessões plenárias.






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