Cientistas criam mão robótica parecida com a de uma pessoa

Pesquisadores construíram uma mão robótica biônica que tem uma aparência e um desempenho parecidos com a humana. Os cientistas Nicholas Thayer e Shashank Priya, da Virginia Tech, nos Estados Unidos, dizem que o principal objetivo da mão robótica de DART (mão robótica destra antropomórfica de digitação, na sigla em inglês) é provar que ela consegue digitar num teclado de computador.

Os pesquisadores mostraram que uma única mão DART é capaz de digitar a uma velocidade de 20 palavras por minuto, em comparação com as 33 que uma pessoa consegue digitar com as duas. Eles preveem que duas mãos robóticas como essa consigam digitar pelo menos 30 palavras por minuto.

Essa tecnologia poderá ser usada em um robô humanoide para ajudar pessoas idosas ou com deficiência a digitar, alcançar objetos e abrir portas.

Duas mãos robóticas conseguem digitar pelo menos 30 palavras por minuto, ante as 33 digitadas por uma pessoa

Para projetar a mão robótica, os cientistas estudaram a fisiologia da mão humana, incluindo o sistema locomotor, a amplitude dos movimentos e a força que ela usa para segurar ou apertar algo.

A mão humana tem cerca de 40 músculos que fornecem 23 graus de liberdade de movimentos à mão e ao pulso. Para copiar esses músculos, os pesquisadores usaram servomotores (dispositivo automático que usa a detecção de erros para corrigir o desempenho do mecanismo) e fios em toda a extensão da mão robótica, do pulso e do antebraço. A mão robótica contou com 19 motores e conseguiu atingir 19 graus de liberdade de movimentos.

Uma pequena diferença entre a DART e uma mão humana é que cada dedo da robótica é controlado de forma independente. Na mão humana, às vezes os músculos são conectados aos tendões para que possam mexer as juntas em mais de um dedo – isso é perceptível com os dedos anular e mínimo. A mão robótica pode ser controlada por meio de texto, seja por teclado ou por um programa de reconhecimento de voz.

Já existem outros tipos de mão robótica, mas os pesquisadores dizem não saber de outro modelo capaz de digitar, em um teclado, na velocidade de um ser humano.

No futuro, os cientistas pretendem melhorar a mão, como cobri-la com uma pele de silicone, além de adicionar sensores de temperatura, de tato e de tensão, para um melhor controle da força reativa. O que lhe deverá permitir um número maior de tarefas.