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Politica Brasil
Terça - 22 de Fevereiro de 2011 às 21:40

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As centrais sindicais liberaram nesta terça-feira o senador Paulo Paim (PT-RS) para apoiar a proposta do governo federal de reajuste do salário mínimo para R$ 545 a partir de março.

Apesar dos sindicalistas defenderem o reajuste para R$ 560, eles afirmam que Paim deve seguir sua "consciência" ao escolher o valor que vai apoiar.

"Vamos deixar os senadores votarem de acordo com as consciências deles. Não vamos botar faca no peito de ninguém. O senador Paim é uma pessoa que respeitamos muito, sempre esteve ao lado dos trabalhadores", disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

Paim se reuniu nesta terça-feira com os sindicalistas para discutir a votação do salário mínimo, marcada para amanhã no plenário do Senado. Depois de ter ameaçado apresentar emenda para elevar o valor para R$ 560, Paim fala agora em garantir a política de reajuste do mínimo nos próximos anos como prioridade --sem ter como foco o valor que vai vigorar este ano.

"É a melhor política do salário mínimo construída nos últimos anos. Vou conversar com a minha bancada e com o Executivo para retomar as discussões de pontos fundamentais para os aposentados depois da votação", afirmou ele numa sinalização de que vai apoiar os R$ 545.

Paulinho disse que a relação de Paim com as centrais sindicais "não vai mudar em nada" se o petista apoiar o valor proposto pelo governo. "Ele é nosso representante no Senado."

Os sindicalistas, porém, fizeram duras críticas à presidente Dilma Rousseff --a quem acusam de priorizar os interesses do mercado econômico frente aos dos trabalhadores.

"Esperamos convencer a presidente Dilma de que ela está no caminho errado. Sabemos que essa [salário mínimo] é a primeira batalha. Essa equipe econômica vai levar a presidente a dar com os burros n"água", disse o sindicalista.

DECRETO

As centrais apoiam o mecanismo do governo de permitir o reajuste automático do salário mínimo por meio de decreto presidencial até 2015. A oposição vai tentar derrubar o mecanismo do decreto durante a votação no plenário, mas não tem apoio da maioria da Casa.

"Aceitar o decreto é apequenar o processo legislativo. Não se trata de uma prerrogativa pessoal, é uma prerrogativa da instituição", disse o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

A oposição também vai insistir na aprovação do reajuste do mínimo para R$ 600, apesar de contar com apenas 19 dos 81 votos da Casa.

"Nós temos argumentos técnicos que sustentam a tese de R$ 600. Vamos manter a nossa posição. Sabemos que não podemos gerar falsa expectativa, o governo tem maioria esmagadora. Certamente nós seremos derrotados, mas manteremos a nossa posição", afirmou Dias.






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