Acidente ambiental deixa 180 mil pessoas sem água no Paraná
Mais da metade da população de Cascavel (498 km de Curitiba) amanheceu sem água hoje após a contaminação do principal meio de abastecimento da cidade. Na tarde de sábado, uma batida entre dois caminhões na BR-277 provocou o vazamento quatro mil litros de óleo lubrificante no rio Cascavel, de onde é captado 80% da água que abastece a cidade. Apenas um terço do óleo foi removido.
A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) informou que suspendeu a captação do local e está usando dois rios alternativos --Saltinho e Peroba-- e mais 12 poços, suficiente para abastecer apenas 40% da população. Pelo menos 180 mil estão sem água e não há previsão de normalizar o abastecimento antes de quarta-feira (23).
Desde sábado, equipes da Defesa Civil, IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Sanepar e da concessionária que administra a rodovia trabalham na remoção do óleo. Hoje uma equipe da Petrobras, especializada em desastres ambientais, chegou a Cascavel para auxiliar na remoção do material.
A Defesa Civil montou um cronograma de distribuição de água em hospitais, postos de saúde, escolas e creches. Caminhões-pipa estão sendo usados para abastecer esses locais. O Hospital do Câncer e o CDR (Centro de Detenção e Ressocialização) foram os primeiros locais abastecidos por caminhões na manhã de hoje.
O major Fernando Raimundo Schunig, coordenador regional da Defesa Civil, disse que o óleo que estava na superfície do rio já foi retirado, mas a maior parte está submersa, o que dificulta a limpeza. "Pedimos encarecidamente que a população use o mínimo possível de água, só para o preparo de alimentos e higienização rápida", afirmou o major.
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