Empresário garante que aeroporto não estará pronto para Copa 2014

Oiran não acredita em conclusão das obras do aeroporto para CopaA decisão do governo do Estado em assumir as obras de reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon já provocou polêmica no setor e o presidente do Sindicato das Empresas de Turismo de Mato Grosso (Sindetur), Oiran Gutierrez, garante que não há tempo hábil para que o projeto, orçado em R$ 80 milhões, seja concluído até 2014. Ele duvida também que a Infraero possa abrir mão do empreendimento.

“Eu não acredito em mágica e a Infraero é só ‘embromation’. Ninguém vai passar uma obra de mão beijada. Se tivesse mudado a direção eu até acreditaria, mas temos de ser realista, mesmo com muita boa vontadeé muito díficil. O governo aposta que licita até setembro, sendo assim, se não houver nenhum recurso no processo licitatório esta obra só começará mesmo em 2012, depois das chuvas. Só que é ano eleitoral e nada anda. Portanto, só em 2013 e um ano de tabalho para uma obra do porte de R$ 90 milhões é muito pouco. O aerroporto não estará 100% até a Copa”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.


Oiran não acredita em conclusão
das obras do aeroporto para Copa

Para Gutierrez, só restam duas soluções ao governo: privatizar ou a aprovação de uma Medida Provisória que determina a execução das obras dos aeroportos em caráter de urgência, reduzindo a burocracia.

O empresário lembra ainda da demora da Infraero para concluir a obra do aeroporto orçada em inicialmente em R$ 16 milhões e que tinha o objetivo de inaugurar três terminais (A, B e C).

“A obra demorou oito anos para ser entregue, custou quase o dobro, pois houve suplementação e ainda entregaram apenas a parte C, que é a área de embarque. Então como podemos acreditar que ficará pronto até 2014. Eu não acredito em Papai Noel”, ironizou.

Oiran ainda faz questão de ressaltar que não está sendo pessimista, apenas encara os fatos dentro da realidade atual. Ele também ressalta que além de toda burocracia que envolve uma obra pública, ainda há intervenções de órgãos fiscalizadores como o Ministério Público do Estado (MPE), que poderão atrasar ainda mais o andamento da construção