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Politica Brasil
Sexta - 18 de Fevereiro de 2011 às 15:33

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A bancada de vereadores do PT em São Paulo afirmou em nota divulgada nesta sexta-feira que protocolou no Tribunal de Justiça um mandado de segurança contra o prefeito Gilberto Kassab (DEM), em uma tentativa de cancelar o reajuste da passagem de ônibus na cidade, que subiu de R$ 2,70 para R$ 3 em janeiro.

Para isso, o partido pede a impugnação da planilha de custos usada pela SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo em SP) para calcular a tarifa, sob a alegação de que ela possui "uma série de números inconsistentes" e levanta a suspeita de que pode ter sido "manipulada" para justificar o reajuste.

Procurada, a SPTrans afirmou que não foi informada oficialmente sobre o mandado de segurança e que só irá se pronunciar quando e se for notificada.

Segundo a nota divulgada pelo PT, a empresa afirma que o custo do litro de óleo diesel passou de R$ 1,705 em 2009 para R$ 1,8543 em 2010. O partido diz, no entanto, que consultou a Petrobras, e que a estatal informou que vende o litro do combustível a R$ 1,70 em São Paulo.

A diferença, ainda segundo a nota do partido, representaria uma economia de R$ 5,85 milhões por mês com gasto de combustível e permitiria uma redução de R$ 0,05 na tarifa de ônibus.

A bancada do PT também questiona afirmação da Secretaria de Transportes que, segundo eles, disse em audiência pública que o consumo de combustível aumentou em função dos congestionamentos na cidade. Para os vereadores, os dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da prefeitura, mostram o contrário.

PROTESTO

Ontem, um protesto contra o reajuste da passagem de ônibus acabou em confronto com a tropa de choque da PM em frente à Prefeitura de São Paulo.

A manifestação contra o aumento, que começou por volta das 17h, reuniu cerca de 400 estudantes. Seis deles se acorrentaram nas catracas que dão acesso aos elevadores, dentro do saguão do edifício Matarazzo, sede do poder executivo municipal.

Durante a confusão, a reportagem presenciou a tropa de choque fazendo disparos com balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta contra os estudantes.

Alguns jovens, atiravam fogos de artifício e sacos de lixo contra os PMs. Um disparo com bala de borracha chegou a atingir o fotógrafo da Folha Carlos Cecconello.
Os vereadores José Américo, Antonio Donato e Juliana Cardoso, todos do PT, saíram da prefeitura e se colocaram entre a tropa de choque e os estudantes. Os três acabaram se envolvendo no confronto e foram atingidos por sprays de pimenta.






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