Por mínimo, Aécio defende aproximação de tucanos e centrais

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu o alinhamento da oposição com as centrais sindicais em busca de um valor maior para o salário mínimo.

Parceiros históricos do PT, os sindicalistas não têm conseguido acordo com o governo em torno do novo valor do mínimo e chegaram a ser chamados de "oportunistas" pelo ex-presidente Lula.

"Acho que, neste momento, o caminho mais prudente para nós do PSDB é o entendimento com outras forças políticas. Em especial com as centrais sindicais para termos um projeto comum mesmo que não seja aquele de R$ 600 inicialmente apresentado pelo partido", disse o tucano após reunião com o governador mineiro Antonio Anastasia em Belo Horizonte nesta sexta-feira.

Aécio afirmou que ele e outros senadores da legenda irão se reunir com líderes sindicais. O senador quer formar uma aliança ampla para pressionar os governistas.

"Há algum espaço para um aumento em relação aos R$ 545. Agora, temos que compreender que o governo tem uma base extremamente ampla e obviamente vai pressionar sua base para votar o valor proposto", falou.

DISPUTA INTERNA

Defendido por setores do PSDB como representante do partido nas eleições presidenciais de 2014, Aécio evitou o confronto com os tucanos paulistas.

Ele se disse feliz com o posicionamento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que, no início da semana, disse que Aécio não é candidato natural do partido.

"Gostei muito da entrevista do senador Aloysio. Já é um grande avanço perceber que o PSDB não tem uma candidatura natural. É isso que nós queremos. As candidaturas têm que ser construídas, e construídas com o tempo. Essa não é uma prioridade para mim agora", afirmou.