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Politica Brasil
Quinta - 10 de Fevereiro de 2011 às 21:56
Por: Fausto Carneiro

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Diogénis Santos / Agência Câmara
Dep. Romário (PSB-RJ) discursa no Plenário da Câmara
Dep. Romário (PSB-RJ) discursa no Plenário da Câmara

O deputado federal e ex-jogador Romário de Souza Faria (PSB-RJ) atendeu a pedidos de aparte de nove deputados durante seu primeiro pronunciamento no plenário da Câmara, nesta quinta-feira (10). Romário falou por cerca de 20 minutos. No discurso, ele disse que as prioridades de seu mandato são o esporte e a atenção às pessoas com deficiência.

O primeiro deputado a pedir aparte foi do colega de partido Jonas Donizetti (PSB-SP), que fez um relato da vida do ex-jogador, enaltecendo a vida do pai de Romário.

“Eu tenho certeza de que seu pai, esteja onde estiver, alegra-se muito ao ver vossa excelência assumir a tribuna nesta Casa”, disse.

Por se estender em sua interrupção, Donizetti acabou sendo advertido pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que presidia a sessão.

“Quero dizer aos nobres pares que o aparte é uma breve interrupção do orador sobre determinada matéria. Não pode ser um discurso paralelo. É preciso ter muito cuidado, porque, senão, roubam-se os 25 minutos do orador”, afirmou Oliveira.

Todos parabenizaram o discurso de Romário, lembraram de sua trajetória nos campos e desejaram sorte ao deputado ao longo do mandato.

O deputado Renan Filho (PMDB-AL), também estreante na Câmara, disse que o ex-jogador iria trazer à Câmara “os holofotes positivos” de que a Casa precisa.

Em seu aparte, o deputado Márcio Macêdo (PT-SE) disse que falaria porque antes dele tinham se manifestado um vascaíno e um torcedor do Fluminese. “Agora, fala flamenguista, para não perdermos por W.O.”, afirmou. Ele também desejou sorte a Romário.

Romário ainda concedeu apartes aos deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Domingos Neto (PSB-CE), José Airton (PT-CE), Onofre Santo Agustini (DEM-SC), Ana Arraes (PSB-PE) e Valtenir Pereira (PSB-MT).

Discurso
Romário afirmou em seu discurso que ficou nervoso no primeiro pronunciamento, mas que está acostumado com a crítica.

“Em mais de 20 anos de carreira como jogador, me acostumei a conviver com a crítica, nem sempre construtiva. Sei que assim, como muitos me apoiam, todos têm o direito de me criticar. Serei cobrado como deputado, talvez até mais quando defendi a camisa da seleção brasileira ou dos clubes por onde passei”, disse. “Pretendo continuar a oferecer aos críticos e aos descrentes a minha melhor resposta: o meu trabalho.”

Pai de uma menina com síndrome de Down, Romário disse que quer atuar na Câmara para combater o preconceito e aprimorar a legislação voltada a portadores de deficiência. “A vida me deu oportunidade de aprender sobre esse tema e de me tornar, nesse aprendizado, um sujeito mais alegre, tolerante e paciente”, disse.

O deputado disse ainda que sentia orgulho em poder ajudar o esporte nacional na Câmara.

“Nunca me considerei um atleta, mas desde cedo me envolvi com futebol, esporte que me trouxe grandes desafios, conquistas inesquecíveis, alegrias sem tamanho. Nesse sentido, foi com prazer que votei pela aprovação da medida provisória nº 502, que cria a Bolsa-Atleta para as categorias de base e para os esportistas de ponta, um passo importante para o futebol nacional.” A MP foi a votação nesta quarta-feira na Câmara.

No Twiitter
Após o discurso, Romário comentou no Twitter o desempenho no primeiro discurso na Câmara dos Deputados: "Boa tarde a todos ! Tô na área de novo! Feliz por ter discursado pela primeira vez no plenário como Dep. Federal."

Em outra mensagem pelo microblog, ele se disse "nervoso" ao falar para o plenário. "Como não poderia ser diferente, fiquei nervoso, deu um frio na barriga mas acabei conseguindo passar tudo aquilo que eu queria."






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