"Não faremos loucura", diz Carvalho sobre o mínimo
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo não está brincando ao bater o pé sobre o salário mínimo de R$ 545 e reconheceu que a disputa no Congresso pela manutenção desse valor não será fácil.
Segundo ele, o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União "mostra a gravidade da situação fiscal e, ao mesmo tempo, a seriedade do governo" com as contas públicas.
"A vida não termina no salário mínimo", pontuou o ministro ao chegar na festa de comemoração dos 31 anos do PT. "Não faremos loucura", enfatizou.
Carvalho comparou o esforço fiscal do atual governo com o ajuste feito em 2003, primeiro ano do governo Lula. Ele disse não entender a razão pela qual as centrais sindicais endureceram tanto o discurso contra a proposta do governo Dilma Rousseff argumentando que foram os dirigentes dessas centrais que concordaram com uma política de valorização para o mínimo.
Em seguida, fez uma crítica aos tradicionais aliados do partido, base política do petismo: "isso só veio por causa da proposta derrotada de R$ 600 do [José] Serra".
O ministro, destacado por Dilma para negociar com o setor sindical, argumentou que o Executivo não tratará do reajuste da tabela do Imposto de Renda enquanto o Congresso não votar o piso salarial.
"Vai depender de quanto for o mínimo. Aí vamos ver que margem de flexibilização nós temos", afirmou. "O governo não está brincando. Queremos ter seriedade agora para poder honrar nossos compromissos nos próximos quatro anos."
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