Dirceu diz não querer que processo do mensalão prescreva
Na entrada da festa de homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, o ex-ministro José Dirceu voltou a afirmar que quer ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal e negou que tenha interesse na prescrição do processo.
Dirceu é réu sob acusação de liderar o esquema do mensalão, revelado em 2005.
"Precisamos ter julgamento. Quero ser julgado, não quero que prescreva. Confio no STF, confio na Justiça", afirmou Dirceu, que também comentou a tentativa do ex-tesoureiro Delúbio Soares --réu no mesmo processo-- de voltar ao PT.
Segundo Dirceu, o diretório do partido vai analisar o caso.
O ex-ministro também fez avaliações sobre o início do governo Dilma, afirmando que não há como fazer comparações com Lula --um político que só apareceria a cada 50 anos. Para ele, Dilma avançou, por exemplo, na aliança feita com o PMDB.
Lula abortou o acordo oficial com o partido no início de seu governo, costurado justamente por Dirceu, na época ministro da Casa Civil.
Cerca de 450 militantes e autoridades petistas aguardavam por volta das 18h30 a entrada de Lula no palco do teatro dos bancários, na Asa Sul de Brasília. Ele receberia de volta o título simbólico de "presidente de honra" da legenda.
Desde janeiro, Lula recebe R$ 13 mil mensais do PT, ocasião em que teve a carteira de trabalho assinada como assessor do partido. A presidente Dilma Rousseff também participaria do evento, que marca os 31 anos de fundação do PT.
Comentários