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Politica Brasil
Segunda - 07 de Fevereiro de 2011 às 13:28

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Rodrigo Figueiredo, ex-homem forte do Ministério das Cidades, não agradava ao Palácio do Planalto
Rodrigo Figueiredo, ex-homem forte do Ministério das Cidades, não agradava ao Palácio do Planalto

Com um dos mais poderosos orçamentos da Esplanada (R$ 18,5 bilhões), o PP (Partido Progressista) loteou o Ministério das Cidades com ex-congressistas e dois ex-assessores do governador baiano Jaques Wagner (PT) em postos de comando.

Indicados por líderes da sigla em outros Estados perderam cargos ou foram "rebaixados". É o caso do ex-todo-poderso secretário-executivo do ministério, o mato-grossense Rodrigo Figueireiredo, que perdeu espaço. A informação é da Folha de S. Paulo.

O jornal destaca que, gerenciado desde janeiro pelo deputado baiano Mário Negromonte (PP), o Ministério das Cidades terá Cássio Ramos Peixoto como chefe de gabinete. Ele era diretor da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da gestão Wagner na Bahia.

Ex-deputado estadual, Roberto Muniz (PP-BA) assumirá a secretaria-executiva, posto mais importante da pasta depois do ministro. Ele foi secretário da Agricultura do Governo baiano.

Rodrigo Figueiredo ocupava justamente a secretaria-executiva na gestão de Márcio Fortes. Homem forte no ministério, Figueiredo é da cota do deputado federal Pedro Henry (PP-MT).

A Folha lembra que, na administração de Negromonte, porém, Figueiredo foi "rebaixado" para uma assessoria especial. O ministro diz que se trata de "readequação", mas, segundo o jornal apurou, o nome dele não agradava ao Palácio do Planalto.

"Figueiredo também teve histórico de desentendimentos com deputados. Henry é réu no caso do mensalão. Agora, ocupa a Secretaria de Saúde de Mato Grosso", diz a reportagem.

Técnico e político

O  jornal observa, ainda, que, ao contrário do seu antecessor, Márcio Fortes, que era conhecido pelo perfil técnico, Negromonte fez carreira política como deputado e hoje é presidente da seção baiana do PP. No Estado, ele apoia o governo Wagner.

Em troca, o governador ajudou a referendar a indicação do pepista para o ministério diante da pressão do PT para ficar com a pasta.

Wagner fez questão, inclusive, de comparecer à posse de Negromonte no cargo no início de janeiro. O ministro nega interferência.

O PP também escalou o ex-deputado Feu Rosa (PP-ES) para cuidar da relação da pasta com o Congresso.

Rosa chegou a ser citado no primeiro relatório da CPI dos sanguessugas, de agosto de 2006, como um dos congressistas que teriam destinado emendas para o esquema. Quatro meses depois, foi excluído do texto final.

O Ministério das Cidades é um dos destinos favoritos dos parlamentares para direcionar suas emendas devido ao alto potencial de capitalização política com obras como saneamento e habitação.

Também ex-deputado, Leodegar Tiscoski (PP-SC) foi mantido à frente da Secretaria Nacional de Saneamento.

Há uma "cota" alagoana na pasta. O diretor-presidente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), Elionaldo Magalhães Moraes, é ligado ao senador Benedito de Lira (PP-AL).






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