A Justiça Federal aceitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Waldomiro Diniz, que foi assessor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu durante o Governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Diniz e outras sete pessoas são acusadas por envolvimento em crime de extorsão e corrupção cometido em 2003.
De acordo com a acusação, Diniz atuou como intermediário para negociar, após a cobrança de comissão, a renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional GTech para a gestão do sistema de loterias, negócio que representava quase a totalidade das receitas da companhia no Brasil.
Na denúncia, o MPF assegura que a GTech buscou, com o apoio de diversos intermediários, se aproximar das autoridades e de importantes agentes públicos para analisar suas pretensões de renovar o contrato.
Em 2004, Diniz, ex-subchefe de gabinete da Casa Civil, protagonizou o primeiro escândalo de corrupção que atingiu o Governo do então presidente Lula.
O funcionário foi acusado de cobrar propinas com o objetivo de financiar campanhas eleitorais do PT.
Diniz é acusado de ter extorquido em 2002 - um ano antes da chegada de Lula ao poder - um empresário do jogo ilegal para obter fundos, mas o escândalo tornou-se público em 2004.
As supostas relações de Diniz com a máfia do jogo forçaram sua destituição no mesmo dia em que se soube do escândalo.
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