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Segunda - 17 de Janeiro de 2011 às 12:19

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Efe
Executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, pediu novo afastamento por problemas de saúde, segundo diz o
Executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, pediu novo afastamento por problemas de saúde, segundo diz o "WSJ"

O executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, voltou a pedir licença médica da companhia, segundo informa um boletim do diário econômico norte-americano "The Wall Street Journal" nesta segunda-feira. Ele já se manteve afastado da companhia dois anos antes, quando recebeu um transplante de fígado --em 2004, Jobs teve um diagnóstico de um câncer raro no pâncreas.

O executivo prossegue envolvido com as "decisões estratégicas maiores" da companhia, contudo.

Tim Cook, executivo-chefe de operações da Apple, será responsável pelas operações do cotidiano da empresa.

"Tenho grande confiança de que Tim e os demais administradores executivos da equipe farão um magnífico trabalho fazendo os planos empolgantes que nós temos para 2011", disse Jobs em carta aos funcionários.

"Amo a Apple tanto e espero voltar assim que eu puder. Nesse tempo, minha família e eu apreciaríamos profundamente o respeito pela nossa privacidade."

Ainda não está claro, entretanto, qual a natureza do afastamento.

HISTÓRICO MÉDICO

Não se trata da primeira licença médica de Jobs, contudo.

Em 2004, Steve Jobs descobriu que sofria de um tipo raro de câncer no pâncreas. O tumor foi retirado após uma cirurgia considerada bem-sucedida, mas a informação sobre o assunto só foi divulgada quando ele já estava em tratamento.

Em janeiro de 2009, o executivo anunciou que tiraria uma licença para descansar até o final de junho, a fim de se recuperar de uma doença que o tinha feito perder muito peso. Na época ele explicou que seus problemas de saúde tinham origem em um desequilíbrio hormonal e que o tratamento era "simples e singelo".

Entretanto, uma semana depois ele anunciou, por meio de comunicado aos colaboradores da Apple, que os médicos haviam verificado que seu problema de saúde era mais complexo do que havia imaginado, por isso se licenciaria.

Seu afastamento e os poucos detalhes divulgados sobre a doença de Jobs geraram especulações e preocupação entre alguns investidores, provocando a desvalorização das ações da empresa.

Em junho do mesmo ano, uma reportagem do "WSJ" revelou que ele se submetera a um transplante de fígado.

Um hospital do Tennessee (EUA) confirmou, dias depois, que o executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, passara por um transplante de fígado, mas que estaria bem e recebera "excelentes prognósticos" dos médicos. De acordo com o Instituto de Transplantes do Hospital da Universidade Metodista em Memphis, ele passou pelo procedimento naquele momento porque era o paciente em situação mais grave.

"Ele recebeu o transplante de fígado porque era o paciente mais doente na lista de espera no momento em que um doador estava disponível", afirmou à época James D. Eason, chefe do setor de transplantes, em comunicado. "Jobs está se recuperando bem e recebeu excelentes prognósticos."

Dias depois, o executivo já anunciava o retorno ao trabalho.

"QUASE MORRI"

Em março do ano passado, Jobs chegou a declarar ao governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que 21 mil pessoas no Estado estão esperando por um transplante de órgãos atualmente.

"Eu quase fui um dos que morreram esperando por um fígado", afirmou o executivo.

"Fui afortunado", declarou Jobs. "No último ano, outros 400 californianos morreram esperando. Eu poderia ter morrido."

À época, Jobs se descrevia melhor. "Estou me sentindo bem. Quase morri. Está sendo muito bom nos últimos meses."






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