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Ciência/Pesquisa
Terça - 03 de Setembro de 2013 às 20:21

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Arqueólogos búlgaros anunciaram nesta terça-feira a descoberta do esqueleto de um homem que viveu entre o século 8 e 9, com um pedaço de ferro cravado no peito para evitar que depois da morte se transformasse em "vampiro".


 
O achado foi anunciado hoje por Nikolay Ovcharov, chefe da equipe arqueológica que trabalha para documentar um antigo complexo urbano em Perperikov, no sul da Bulgária.


 
"O homem enterrado tinha entre 35 e 40 anos. Moedas de bronze encontradas entre seus dentes mostram o período em que viveu. Tinha um arado de ferro cravado na parte esquerda do tronco, entre o pescoço e o peito", declarou Ovcharov, segundo a agência Standart.


 
As crenças vampirísticas oriundas do paganismo foram preservadas pelos cristãos ortodoxos nos Bálcãs durante a Idade Média. Também podiam ser utilizadas estacas de madeira para atravessar o coração do morto, ou cobri-lo com brasas e atar suas extremidades para evitar sua conversão em vampiro.


 
Um achado em junho do ano passado na pequena cidade de Sozopol, a margens do Mar Negro, revelou os restos de um homem que viveu no século 8 ou 9 e que tinha um ferro cravado no coração, o que provocou rebuliço no país balcânico.


 
O diretor do Museu Nacional de História, Bozhidar Dimitrov, que descobriu o corpo explicou então à Agência Efe que esse rito era praticado com pessoas consideradas más ou que trabalhavam com coisas que a sociedade não entendia, por exemplo, pesquisas científicas ou médicas.


 
Acreditava-se então que, após morrer, "essas pessoas se transformavam em vampiros, torturavam e atormentavam os vivos e bebiam seu sangue durante a noite", explicou Dimitrov.


 
Vários medievalistas búlgaros também consideram que na aquela época a superstição levava a pensar que as pessoas com anomalias físicas eram vampiras.




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