Ministro revela a governador que Rodrigo fica, mas como assessor
O governador Silval Barbosa se empenhou ao máximo para tentar manter Rodrigo Figueiredo como secretário-executivo do Ministério das Cidades. Ele se deslocou a Brasília esta semana e foi recebido, em audiência, pelo novo ministro das Cidades Mário Negromonte, indicado ao posto pelo PP. Silval pediu que Rodrigo, mato-grossense de Cuiabá, fosse mantido, mas Negromonte, advogado e deputado federal pela Bahia, foi enfático ao dizer que não seria possível por duas razões.
Primeiro, porque já estava numa conversação avançada com Roberto Muniz, seu colega baiano e suplente do senador Valter Pinheiro (PT-BA). Segundo, porque não gostou do que chamou de atitude conspiratória de Rodrigo contra o ex-ministro Márcio Fortes. O ministro comentou para o governador que Rodrigo Figueiredo, que tinha uma estreita relação com Fortes, tanto que ficou no cargo por mais de 6 anos, tentou queimá-lo junto ao Palácio do Planalto para, assim, ver o caminho livre com vistas a assumir a pasta. Fortes tomou conhecimento da traição e se distanciou de Rodrigo e, acabou dando o troco ao mato-grossense, ao fazer ações e recomendar que este não continue Ministério como secretário-executivo.
Apesar disso, o novo ministro garantiu que Rodrigo Figueiredo, filho do ex-deputado Milton Figueiredo (já falecido), será aproveitado nas Cidades. Vai ser oferecido a ele um cargo de terceiro ou quarto escalão. "Ele (Rodrigo) vai continuar no Ministério, mas como assessor". Nem mesmo o esforço de Silval, do senador eleito Blairo Maggi (PR) e da bancada do PP, representada por Pedro Henry e Eliene Lima e pelos suplentes que vão virar titular Roberto Dorner e Neri Geller, conseguiram convencer Negromonte a continuar como Rodrigo na Secretaria-Executiva.
De representantes de Mato Grosso em cargos com maior relevância no governo da presidente Dilma Rousseff só está confirmado, por enquanto, o nome de Luiz Antonio Pagot como diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Ex-secretário de Infraestrutura, Casa Civil e Educação do governo Blairo Maggi, Pagot responde pelo órgão há mais de dois anos. Havia temor de que também poderia cair, mas Dilma já assegurou que o afilhado político de Maggi continuará no cargo. Derrotado à reeleição, o deputado federal Carlos Abicalil continua fazendo lobby em Brasília, de olho em cargo federal.
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