Motoristas desembolsam mais também pela gasolina

Além do acréscimo no valor do etanol, o consumidor também se deparou com o reajuste no preço da gasolina, que subiu de R$ 2,78 para R$ 2,88, aumento de 3%. Com isso, o etanol a R$ 1,97 volta a ser vantajoso para o consumidor, correspondendo a 68% do valor do derivado do petróleo. A alta na gasolina foi puxada pelo aumento no preço do anidro, que compõe 25% do combustível.

As mudanças recentes nas bombas nos postos têm reflexos direto no bolso do consumidor e estimula desavenças entre os setores da cadeia produtiva. O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustível (Sindipetréleo), Aldo Locatelli, anunciou nesta quinta-feira (6) que irá recorrer à Justiça para que o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras (Sindalcool), Jorge dos Santos, comprove que não houve aumento do preço do etanol nas usinas. Segundo o representante do comércio de combustível, Santos alegou à imprensa que Locatelli faltava com a verdade quando dizia que o etanol estava mais caro nas indústrias.

O diretor-executivo do Sindalcool contesta as acusações de Locatelli e afirma que jamais se referiu aos preços praticados pelas usinas. "Represento as indústrias enquanto entidade. Não faço comentários com relação aos preços, até porque cada uma tem sua política e particularidades que compõem o valor dado".

Segundo Locatelli, o advogado dele está reunindo as provas, como jornais e gravações de telejornais, em que Jorge dos Santos afirma não ter havido reajustes. Além disso, o empresário diz ter notas fiscais que compravam que entre 30 de setembro de 2010 e 5 de janeiro de 2011 o etanol sofreu reajuste de 65% nas usinas. Santos diz que a única vez que se referiu a preços foi quando afirmou que por menos de R$ 1,50/l na bomba, o etanol não remunerava todos os elos da cadeia produtiva, da produção à revenda. (LCM)