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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 06 de Janeiro de 2011 às 16:13

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Em meio ao impasse sobre o salário mínimo, deputados prometeram apresentar emendas à MP (medida provisória) sobre o tema propondo valores maiores.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pretende apresentar emenda com o valor de R$ 560, enquanto o líder do PDT e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP), vai sugerir R$ 580.

A MP sobre o salário mínimo deve ser votada logo no início da nova legislatura, em fevereiro.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já avisou, no entanto, que vai vetar valores maiores que R$ 540, por causa do cenário de contingenciamento orçamentário para 2011.

"O salário mínimo de R$ 540 é o cumprimento de uma política de aumento salarial que foi acertada pelos trabalhadores. Portanto, ela deve ser posta em prática, senão fica uma brincadeira. Nesse momento, é temerário aumentar o valor. Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar."

Em resposta, Cunha disse que vai apresentar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para alterar o rito de tramitação dos vetos. A ideia é que os vetos sejam votados da mesma forma que as medidas provisórias, analisadas pela Câmara e pelo Senado.

"Todo mundo sabe que R$ 540 é um valor político a ser negociado e essa negociação vai ocorrer de qualquer forma. Se vai ser R$ 545, R$ 560, R$ 580 ou R$ 600 ninguém sabe. O Congresso é soberano e vai decidir", afirmou.

A polêmica envolvendo o valor do salário mínimo teve início depois que o PMDB ficou insatisfeito com a partilha de cargos no governo Dilma Rousseff.

Em meio ao desgaste, os peemedebistas anunciaram que não estão convencidos do valor do salário mínimo de R$ 540 fixado para 2011.

Para conter a animosidade entre os partidos, a presidente decidiu suspender as nomeações para o segundo escalão. As indicações voltarão a acontecer depois das eleições no Congresso.

DEBATE

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse que o partido quer discutir o valor com a equipe econômica do governo.

"O PMDB não está convencido, mas pode ser convencido. O que queremos é que a área econômica converse com a base aliada, para que possa explicar o porquê desse valor, para que o Congresso possa, com independência e soberania, mas com muita consciência política, definir seu posicionamento na hora da votação."

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, colocou-se à disposição para moderar a negociação entre seu partido, o PMDB, e o governo.






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