Líderes tentam reverter situação de Figueiredo

Líderes do PP e o governador Silval Barbosa (PMDB) aproveitaram a posse no novo ministro das Cidades, Mário Negromonte, em Brasília, na segunda-feira para pedir a permanência de Rodrigo Figueiredo (PP) no cargo de secretário-executivo do órgão.

O impasse acontece porque o novo ministro pretende colocar no lugar de Figueiredo o ex-deputado estadual da Bahia Roberto Muniz, também do PP. O governador intercedeu pelo secretário mato-grossense, mas foi o deputado federal recém-empossado secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry, que está empenhado na missão. Ele já foi membro da Executiva Nacional do partido junto com Negromonte. Henry permaneceu em Brasília para tentar resolver o caso. Como a secretaria é indicação do PP, o secretário de comunicação do Estado, Osmar Carvalho, explicou que o governador não poderia intervir mais.

Conforme o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, deputado federal Eliene Lima, também da bancada do PP de Mato Grosso, o argumento utilizado junto a Negromonte é de que o Estado não pode perder a representatividade no governo federal. Figueiredo já foi exonerado, mas mesmo ainda não houve outra nomeação no lugar. O novo ministro disse que iria analisar a situação e conversar com a Casa Civil do governo.

Além de Figueiredo, o Estado é representado no staff do governo federal com o presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura Luiz Antônio Pagot (PR), que deve continuar no cargo. O deputado federal Carlos Abicalil (PT), que disputou o cargo de senador na eleição 2010, não conseguiu se eleger também e pode ocupar um cargo no Ministério das cidades.

Além da posse do novo ministro das Cidades, no lugar de Márcio Fortes, Silval Barbosa também prestigiou a posse de Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, substituindo José Gomes Temporão. Eliene Lima considera importantes essas participações do governador para gerar vínculo para o futuro. “Apesar de não ter havido compromissos, é importante estreitar relações para que no futuro o Estado seja beneficiado com projetos e recursos do governo federal”, avaliou. (ARF)